Há dois anos as fundações de apoio não constavam do projeto dos fundos patrimoniais (PLS 16/2015). Conseguirmos inseri-las com ajuda de um abaixo assinado de mais de 3 mil assinaturas e apoio de alguns reitores e entidades. Depois veio a Medida Provisória (MP) 841/18 sem as fundações de apoio. Inserimos as fundações no relatório da deputada Bruna Furlan em dezembro de 2018, aprovado na Câmara e no Senado. Mas, a seguir em 4 de janeiro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro vetou as fundações de apoio na Lei 13.800. Porém, no dia 11 de junho de 2019, o Congresso Nacional derrubou o veto. Aliás, esse foi o único que conseguiu cair. Vitória da luta e da perseverança. As fundações de apoio passaram a gerir fundos patrimoniais.
No projeto de lei (PL) do Future-se, divulgado em 17 de julho, novamente as fundações são excluídas. Poucos se levantaram para questionar. Mas no dia 5 de agosto, após proposta do Confies, o Ministério da Educação (MEC) as inserem na minuta do PL. Alguns – sem ler a nossa proposta – a chamam de precipitada.
Essa é a saga das nossas fundações de apoio.
Moral: tudo isso não é coincidência. Há desinformação, mas também é estratégia de alguns para nos prejudicar. Não nos veem como apoio e sim como concorrentes. Dormimos com o inimigo. Falta ainda capacidade cognitiva desses, claro!
Fernando Peregrino, presidente do CONFIES.
O evento acontecerá nos dias 06, 07 e 08 de novembro na Finatec, fundação de apoio da UNB, em Brasília
A capital federal receberá a 2ª edição do Congresso Nacional da Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica, na primeira semana de novembro, nos dias 06, 07 e 08. Realizado pelo CONFIES – Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica –, o evento se realizará no espaço da Finatec, fundação de apoio da Universidade de Brasília (UnB).
Os organizadores do encontro preveem reunir cerca de 300 participantes de quase 100 fundações de apoio de diversas regiões do Brasil. Para mais informações, acesse o site do evento disponível aqui.
Além das fundações de apoio, o encontro reunirá órgãos governamentais, parlamentares, instituições da comunidade científica, acadêmica e de inovação, além de órgãos de controle, possibilitando a disseminação e a troca de informações para o aperfeiçoamento das entidades afiliadas e de todo sistema de ciência, tecnologia e inovação do País.
Atuação
As Fundações de Apoio são elos estratégicos para alavancar recursos públicos e privados para o fomento da ciência brasileira, área essencial para o desenvolvimento de qualquer nação. Representadas pelo CONFIES, existem 96 fundações afiliadas em todo o território nacional dando apoio a mais de 130 universidades públicas e institutos de pesquisa e integrantes do Sistema Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Hoje as fundações gereciam mais de 20 mil projetos de pesquisa com a movimentação de R$ 5 bilhões anuais.
Assessoria de imprensa
Viviane Monteiro
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Além do CONFIES, participaram do debate a UNE, o MEC e a ANPG no CNS, do Ministério da Saúde
Em encontro realizado na manhã desta sexta-feira, 23, pelo Conselho Nacional da Saúde (CNS), do Ministério da Saúde – sobre o Future-se –, o presidente do CONFIES, Fernando Peregrino expôs suas reflexões sobre o programa, o decompondo e apontando os pontos positivos e negativos do projeto. Participaram do debate a UNE, o MEC e a ANPG.
Por um lado, o presidente do Confies reforçou as críticas sobre as organizações sociais, previstas na proposta do MEC. Por outro, saudou a proposta das IFES (Instituições federais de ensino superior) de administrarem as receitas próprias fora da PEC 95 (PEC do teto dos gastos públicos), assim como os fundos endowments com a implementação de incentivos fiscais. A maioria dos conselheiros criticou o Future-se por temer impacto negativo, inclusive, sobre a gestão dos hospitais universitários.
Participaram do debate o representante do MEC, Marco Antônio Juliatto, o presidente da UNE, Iago Montalvão, e a vice-presidente da ANPG, Manuelle Matias. O prazo da consulta pública do Future-se, lançado em 18 de julho, foi adiado para até 31 de agosto.
Conforme Peregrino, o Future-se possui erros graves, como o risco de acabar com a autonomia universitária e a omissão das fundações de apoio que existem há 26 anos e hoje apoiam mais de 132 universidades para o avanço do desenvolvimento científico e tecnológico nacional.
Peregrino citou a atuação bem-sucedida do modelo COPPE-COPPETEC (fundação) e lembrou que foi graças às universidades públicas – responsáveis por 95% das pesquisas científicas do Brasil –, que o País conseguiu se tornar autossuficiente na produção de petróleo.
“É um grave erro propor uma política pública para as universidades dessa magnitude sem ouvir os reitores antes de lançá-la. A consulta pública vem depois. Dois, o programa coloca para gerir universidades públicas as organizações sociais que, criadas em 1998, têm como missão intervir na autonomia das instituições públicas”, criticou. Peregrino acrescentou que, no caso das fundações, essas instituições são escolhidas pelas próprias universidades.
Dias após as críticas e recomendações do CONFIES, a Secretaria de Educação Superior (SESU) do MEC avisou que a fundações seriam contempladas no programa, mas que caberia aos reitores a prerrogativa de escolher OS ou fundações na eventual adesão ao Future-se.
Peregrino reiterou que a universidade pública não pode se submeter a uma organização social, porque ela deve estar submetida à autonomia constitucional dela (artigo 207 da Constituição Federal)”. O programa também recebeu críticas dos dirigentes da UNE e da ANPG.
Dúvidas sobre o fundo imobiliário
Do lado positivo do programa, Peregrino destacou o anúncio de propostas de novas fontes de fomento para o sistema universitário. Mas disse faltar clareza sobre alguns pontos, como a viabilidade e rentabilidade do fundo imobiliário bilionário, além do tempo necessário para liberação desses eventuais recursos e de como seria feita a transição para o novo modelo de financiamento das universidades.
Na opinião de Peregrino, se não houver autonomia universitária não haverá Future-se. Nesse caso, Peregrino enalteceu a emenda nº 24/2019, apresentada pela deputada Luisa Canziani (PTB-PR), para flexibilizar da chamada PEC do Teto os recursos próprios arrecadados pelas universidades públicas e institutos federais, que giram em milhões de reais o que pode ajudar a irrigar os caixas universitários em meio à crise orçamentária.
“Se essa emenda for aprovada, será um copo de água no deserto”, disse Peregrino.
O representante do MEC, Juliatto repetiu informações, já divulgadas pela SESU, de que os recursos previstos no Future-se serão para complementar o orçamento das universidades. Disse ainda que o Future-se tentará atuar para resolver problemas ,como a liberação de recursos próprios das universidades.
Hospitais universitários
Após o debate, a conselheira titular do CNS, Sueli Terezina Goi Barros, da Associação Brasileira da Rede Unida (RedeUnida), enalteceu a apresentação de Peregrino e apontou preocupação com o Future-se. “Estou emocionada pela defesa do Peregrino às universidades públicas. Estamos juntos nessa luta contra o desmonte da educação pública”, disse.
Sueli apontou ainda preocupação com os hospitais universitários que, sob um eventual contrato de gestão com OS, poderiam atender simplesmente os interesses do mercado, em detrimento das necessidades da saúde pública.
Já o assessor do CNS, Andrey Lemos afirmou que a apresentação do CONFIES contribuiu para elevar o debate sobre a pesquisa e o desenvolvimento (P&D). “Peregrino trouxe muita informação sobre a produção de ciências no Brasil e no mundo, levou o debate para o rumo certo. Conclamou o governo e sociedade civil para refletirem sobre a responsabilidade social de construir narrativas verdadeiras e sólidas sobre a educação e o projeto de sociedade.”
“Parabéns Peregrino por seguir operando e ensinando em mundos paralelos”, resumiu o conselheiro José Vanilson Torres, do Movimento Nacional de População de Rua (MNPR).
Assessoria de imprensa
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Em Brasília, presidente do CONFIES, Fernando Peregrino se reuniu com a deputada Canziani, autora da PEC 24, ao lado da reitora da UFRJ, do pró-reitor da mesma universidade e de do ex-deputado Alex Canziani
O presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, se reuniu nesta quarta-feira, 21, com a deputada Luisa Canziani (PTB-PR), autora da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 24/2019 – que assegura mais autonomia de gastos de recursos próprios arrecadados por universidades e institutos federais. A proposta, aprovada por unanimidade, ontem, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), tem o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PMDB).
Além de Peregrino, participaram do encontro – realizado no gabinete da parlamentar – a reitora da UFRJ, Denise Carvalho, o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da mesma universidade, Eduardo Raupp de Vargas; e o ex-deputado Alex Canziani, pai da deputada Luisa.
O presidente do CONFIES defendeu o avanço da tramitação da PEC e avaliou que a aprovação da medida representará “um grande alento para as nossas IFES (Instituições Federais de Ensino Superior”. A PEC nº 24 é um dos itens da pauta da Iniciativa para a Ciência e a Tecnologia no Parlamento (ICTP.br), criada em maio deste ano, que tem como conselho diretor oito instituições cientificas, entre as quais o CONFIES.
Tramitação
O próximo passo da PEC será a criação de uma Comissão Especial para analisar o conteúdo da proposta que tem prazo de 40 sessões para finalizar os trabalhos. Em seguida, seguirá para avaliação do plenário.
Flexibilidade
A PEC propõe excluir dos limites individuais das despesas primárias aquelas que são financiadas por receita própria, de convênios ou doações. Hoje, apesar de pertencer à unidade orçamentária arrecadadora, os recursos próprios gerados pelas universidades não são revertidos integralmente para seus orçamentos.
“Com a PEC, as instituições federais serão estimuladas à geração desses recursos e ganharão flexibilidade para sua utilização. Isso significa que as universidades poderão angariar mais verba para pesquisa, para desenvolver cursos de pós-graduação profissional, para interagir com outros segmentos da sociedade, atender as suas demandas e receber a contrapartida pelo trabalho adicional por elas desenvolvido – seja por demanda especifica ou por doação”, defende a autora.
(Assessoria de imprensa com agências)
Foto: Divulgação
A petição tem apoio de mais de 60 entidades científicas e alerta que a partir de setembro mais de 80 mil pesquisadores terão suas bolsas de estudos cortadas caso o governo não recomponha o orçamento previsto para a agência em 2019 e nem libere crédito suplementar de R$ 330 milhões. Assine e compartilhe!
O CONFIES apoia a petição online em defesa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq). O abaixo assinado – disponível aqui – foi lançado em 13 de agosto pela SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), juntamente a outras 65 entidades científicas e acadêmicas, entre elas o CONFIES. Até agora mais de 250 mil pessoas assinaram o documento. A nova meta é chegar a 300 mil assinaturas.
O abaixo-assinado alerta para a situação crítica em que se encontra a agência, em risco iminente de cortar o financiamento das bolsas de estudos de mais de 80 mil pesquisadores em todo o País e no exterior. Segundo o texto, o governo precisa urgentemente recompor o orçamento do CNPq aprovado para 2019, com um aporte suplementar de recursos da ordem de R$ 330 milhões para que a agência possa cumprir seus compromissos deste ano.
Conclamamos todos a assinarem e compartilharem em suas redes de contatos. Quanto mais adesão, mais força a petição terá.
Jornal da Ciência e CONFIES
Prazo final da consulta pública do Future-se foi adiado para 30 de agosto
Atendendo o pleito do CONFIES, o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Arnaldo Lima Junior confirmou nesta quinta-feira, 15, em audiência pública na Comissão de Educação da Câmara, que as Fundações de Apoio serão acrescentadas no projeto Future-se.
Lançado em 17 de julho, o programa, inicialmente, mencionava somente as organizações sociais com acesso aos recursos dos fundos que ainda serão criados. Além disso, as OS, ao fazer contrato de gestão com as universidades públicas, comprometeriam drasticamente a autonomia universitária, o que gerou críticas severas do CONFIES e de outras instituições.
A substituição das OS pelas Fundações de Apoio inviabiliza qualquer quebra de autonomia, uma vez que fundações são credenciadas pelas próprias instituições federais de ensino superior (IFES) apoiadas, segundo o CONFIES.
O prazo final da consulta pública do Future-se foi adiado desta quinta-feira, 15, para 30 de agosto, também atendendo às demandas de entidades.
O presidente da Andifes, João Carlos Salles, que também participou da audiência, saudou a inclusão das fundações e a postergação do prazo da consulta como alguns avanços da proposta.
Na apresentação, o secretário da SESU mencionou explicitamente as fundações de apoio no Future-se, pela primeira vez. Lima Junior afirmou ainda que a captação de recursos privados serão receitas adicionais e garantiu a manutenção do orçamento público das universidades. “O Estado brasileiro continuará financiando os nossos institutos e universidades federais. O que estamos fazendo é construindo uma ponte de longo prazo”, afirmou.
Segundo Lima Junior, uma proposta é flexibilizar as regras para que os recursos das universidades fiquem menos sujeitos a contigenciamentos.
“Hoje quando se quer fazer doação a uma universidade a gente imprime uma GRU (Guia de Recolhimento da União) e o dinheiro vai para o Caixa Único do Tesouro Nacional. O que propomos é que isso vá diretamente para as universidades para que elas possam captar cada vez mais recursos e complementar o orçamento público”, acrescentou. “O que se busca é uma segurança jurídica maior para que as universidades possam trabalhar com fundações de apoio e organizações sociais para atingir os melhores indicadores dentro dos três eixos”, disse. Os três eixos do Future-se são: Gestão, governança e empreendedorismo; Pesquisa e inovação; e Internacionalização.
Fundos patrimoniais
O secretário da SESU mencionou ainda os fundos patrimoniais como um instrumento financeiro completar ao orçamento público das universidades, mediante o “resgate” do veto da Lei 13.800 – criada com apoio do CONFIES, SBPC, ANDIFES e outras instituições – para dar incentivos tributário às doações de recursos privados. “Queremos potencializar isso, o que já acontece muito lá fora”, defendeu Lima Junior.
O secretário assegurou ainda que a autonomia universitária não será ferida, até por que “constitucionalmente uma lei ordinária não pode ser mudada na Constituição”, acrescentou.
Avaliação da Andifes
O presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), João Carlos Salles demonstrou preocupação com o Future-se, considerando que o programa surgiu em um momento de crise orçamentária das universidades. Nesse caso, ele defendeu a ampliação do debate e atenção redobrada dos membros da Comissão da Educação sobre a análise do texto a ser encaminhado pelo MEC.
“O Future-se modifica o funcionamento do sistema público de ensino e um cenário, como esse, só pode solicitar toda atenção da Comissão da Educação para que todos os aspectos sejam levantados”, defendeu Salles, reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
“O programa envolve a modificação de um conjunto de leis (17 no total), além de considerações sobre a possibilidade de mudanças estar em conflito com a Constituição”, acrescentou Salles. Para ele, o olhar atento da Comissão será decisivo para que o parlamento possa ler a proposta do MEC lembrando que se trata do destino de um patrimônio da sociedade.
Apesar de preocupações, Salles considerou dois pontos importantes do projeto. Um é a proposta de recursos adicionais para o sistema universitário. Dois, a proposta agrega um conjunto de práticas “de nossas” universidades.
Salles também considerou positiva a decisão do MEC de adiar o prazo da consulta pública, o que avaliou como essencial para a consolidação de todas as propostas; e destacou como avanço a inclusão das fundações de apoio no programa. “Agora já são mencionadas explicitamente as fundações como possíveis entidades que participariam de contrato de gestão com as universidades. Esses elementos já foram incorporados, assim como outros devem ser incorporados”, disse Salles.
Os detalhes e outros participantes da audiência pública estão disponíveis em: Audiência Pública Ordinária – 15/08/2019
Assessoria de imprensa
Viviane Monteiro
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Fotos: Agência Câmara e Andifes
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulgou nesta quarta-feira (14) nota em que destaca pontos importantes no âmbito do Future-se para instituições de ensino e defende de diálogo com o Ministério da Educação, após reunião com membros do MEC. Conforme antecipa a nota, o MEC estuda mencionar explicitamente a possibilidade de uso das fundações de apoio no Future-se.
Dessa forma, a UFSCar defende que, em vez de utilizar as organizações sociais previstas no Future-se, prefere manter as operações com a sua fundação – FAI.UFSCar, instituição que há anos apoia serviços de qualidade na gestão de todos os tipos de projetos em andamento na universidade, sejam eles de pesquisa, ensino, extensão ou de desenvolvimento institucional, financiados com recursos públicos ou privados. Assim a UFSCar asseguraria sua autonomia constitucional.
A nota na íntegra está disponível em Nota da UFSCar
Assessoria de imprensa
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Fernando Peregrino reiterou que as OS e o contrato de gestão comprometem drasticamente a autonomia da IFES e pediu para o governo destravar as fundações de apoio para que elas possam ajudar as universidades em momento de crise orçamentária e de recessão econômica
O presidente do CONFIES, Fernando Peregrino apresentou nesta terça-feira, 13, sugestão para incluir as fundações de apoio no lugar das organizações sociais (OSs) no Future-se por considerá-las instrumento de quebra da autonomia da universidade pública. Os detalhes foram apresentados na 98ª Reunião Ordinária do CONIF (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica), composto por reitores, na sede da Fecomércio, no Rio de Janeiro.
“As OS representam com seu contrato de gestão a terceirização da gestão dos bens das universidades, inadmissível para um ente que tem autonomia pela Constituição Federal”, analisou Peregrino.
O presidente do CONFIES fez duras críticas ao atual modelo econômico de priorizar o pagamento do juro da dívida pública em detrimento das despesas discricionárias que caíram de R$ 230 bilhões, em 2017, para os atuais patamares abaixo de R$ 100 bilhões, e seguem a tendência de queda em decorrência da recessão econômica reconhecida pelo próprio ministro da Economia, Paulo Guedes.
O titular do CONFIES reforçou a preocupação com as OS e o contrato de gestão que comprometem drasticamente a autonomia da IFES –, alerta feito desde o lançamento oficial do Future-se (17 de julho) e que, posteriormente, endossado por dezenas de universidades e especialistas em educação. Até agora, cerca de 30 instituições defenderam a manutenção das fundações na gestão dos projetos das universidades e institutos de pesquisa.
“Várias das ações previstas no Future-se já são executadas há anos pelas fundações de apoio. O que precisamos é destravar as fundações de apoio para que elas possam receber receitas (públicas e privadas) e implementar projetos de desenvolvimento das instituições públicas de ensino superior em meio à crise orçamentária agravada pela recessão econômica”.
Prazo maior
Os dirigentes do CONFIES apresentaram a proposta na primeira semana de agosto (05) à Secretaria de Educação Superior (SESU) do MEC. No encontro do CONIF, Peregrino defendeu ainda a postergação do prazo da consulta pública do Future-se, previsto para se encerrar na quinta-feira, 15, para ampliar o debate sobre o assunto.
Atuação das fundações de apoio
Criadas pela Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994, as fundações de apoio colaboram na execução de projetos de pesquisa, ensino e extensão universitária e no desenvolvimento institucional, cientifico e tecnológico. Hoje esses órgãos respondem por 80% de todas as importações de materiais para pesquisas científicas do Brasil. A maioria dessas fundações reside (48%) na região Sudeste. Em seguida no Nordeste (18%) e Sul (17%). O Centro-Oeste detém 10% do total das fundações, e, por último, o Norte, com 7%.
Assessoria de imprensa
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Fotos: Divulgação
O Future-se está na pauta da 98ª Reunião Ordinária do CONIF – Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica – que acontece hoje no Rio de Janeiro
O presidente do CONFIES, Fernando Peregrino participa nesta terça-feira, 13, da 98ª Reunião Ordinária do CONIF (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica), na sede da Fecomércio, no Rio de Janeiro, de 15h30 às 16h30. A reunião será fechada à imprensa, segundo a assessoria do CONIF.
A pauta do evento é o Future-se, projeto do Ministério da Educação (MEC) para que universidades sejam administradas pelas organizações sociais (OSs), comprometendo drasticamente a autonomia das instituições federais de ensino (IFES) por intermédio do contrato de gestão previsto no programa. O Future-se ficará em consulta pública até a próxima quinta-feira, 15.
O presidente do CONFIES, juntamente com outros dirigentes do órgão, entregou na primeira semana de agosto (05) à Secretaria de Educação Superior (SESU) do MEC uma proposta em que coloca as Fundações de Apoio no lugar das OS preservando a tradicional autonomia das universidades públicas. É crescente o apoio de especialistas e de universidades às fundações que hoje apoiam 133 universidades e institutos e que gerenciam mais de 20 mil projetos de pesquisas com movimentação financeira de R$ 5 bilhões anuais.
Assessoria de imprensa
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Peregrino voltou a criticar o teor do projeto Future-se que tende acabar com a autonomia da universidade pública. Isso seria inconstitucional, afirmou o representando a Andifes, o reitor da UPFE, Anísio Brasileiro
O presidente do CONFIES, Fernando Peregrino disse que o corte de 30% na verba das universidades federais é um descompromisso com a educação e com o desenvolvimento nacional –, no debate sobre o “Future-se e autonomia universitária”, nesta quinta-feira, 08, em Pernambuco, promovido pela Adufepe, Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
“Estamos perdendo espaço onde deveríamos estar ganhando”, disse. Peregrino criticou o baixo investimento público em ciência e tecnologia que, segundo ele, reflete diretamente na queda do índice de inovação e na desindustrialização do Brasil há décadas. “O Brasil não vem fazendo o dever de casa”, considerou.
O presidente do CONFIES voltou a acender o alerta sobre o teor do projeto Future-se que, conforme avalia, tende acabar com a autonomia da universidade pública por intermédio da utilização das organizações sociais (OS) na gestão das instituições federais de ensino superior.
Peregrino considerou grave o fato de o projeto omitir as fundações de apoio a 133 universidades públicas e institutos de pesquisa. Com 25 anos de existência (pela Lei nº 8.958/1994), as fundações de apoio, credenciadas pelo MEC e MCTIC, nasceram pelo desejo das próprias universidades, acrescentou Peregrino.
“As OS não servem para as universidades. Por que não colocaram as fundações de apoio no artigo 1 do projeto de lei do Future-se, se tanto as fundações como as OS são instituições de direito privado, do terceiro setor?”, afirmou.
Burocracia
Peregrino reforçou que as fundações de apoio são submetidas às universidades e acrescentou que elas não fazem mais pelo ensino público superior porque a burocracia da máquina pública não deixa.
Representando a Andifes, o reitor da UPFE, Anísio Brasileiro também criticou o Future-se e considerou inconstitucional o eventual rompimento da autonomia da universidade pública. Também participaram do debate Amaro Lins, ex-reitor da UFPE; e Edeson Siqueira, presidente da Adufepe e representante do Observatório do Conhecimento.
Medida desnecessária
Ainda nesta quinta-feira, em outro debate, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, o vice-reitor da UFSM, Luciano Schuch falou que a universidade já cumpre com sucesso os principais eixos do programa Future-se, que são o empreendedorismo, a inovação e a internacionalização. Além disso, a captação de recursos privados é bem conduzida pela fundação de apoio.
“Estamos entre as 300 universidades mais inclusivas do mundo. Somos a 12ª universidade mais empreendedora do país. Nosso projeto de internacionalização é uma referência”, disse. “Temos uma fundação que gera receita própria de 4 milhões e capta por ano 37 milhões de reais. Por que implementar uma Organização Social se a gente já capta recursos da iniciativa privada?”.
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Fotos: Assessoria de imprensa da Adufepe