Membros aprovaram ainda a ampliação da Diretoria de 3 para 5 membros regionais
A 1ª Assembleia Geral Extraordinária virtual do CONFIES, realizada em 16 de julho de 2020, após discussão, alterou o estatuto da entidade permitindo que a atual diretoria, presidida por Fernando Peregrino, possa participar do próximo processo eleitoral, em novembro. O outro item da proposta foi a ampliação da Diretoria de 3 para 5 membros regionais: Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul.
A mudança de estatuto foi apresentada pela Diretoria. Houve uma segunda proposta, do presidente da Fundep que se opunha à possibilidade da Diretoria atual pleitear outro mandato, como a mudança do estatuto facultava.
A proposta da atual Diretoria venceu com 60 votos, a segunda recebeu 07 votos. Houve uma abstenção. A atual Diretoria está no segundo mandato, tendo sendo eleita na última vez por unanimidade dos presentes. Mais informações estão disponíveis em: https://youtu.be/KnAkgXIKQd8
(Assessoria de Comunicação)
Além de incentivos fiscais aos projetos de P&D, a proposta prevê formas de desburocratizar o repasse de recursos
O Projeto de Lei 2306/2020 é um dos principais itens da pauta da Sessão Extraordinária da Câmara dos Deputados desta quarta-feira (29). De autoria das deputadas Luisa Canziani e Bruna Furlan, o projeto prevê incentivos ficais a projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) relacionados ao combate à pandemia Convid-19, conduzidos por universidades públicas e Institutos de Pesquisa Federais, por meio, ou não, das fundações de apoio.
O relator da proposta, o deputado Pedro Cunha Lima, alinhou o seu relatório baseado no texto da Lei 13.800 (Lei dos Fundos Patrimoniais). Além de incentivos fiscais aos projetos de P&D, a proposta prevê ainda formas de desburocratizar o repasse de recursos, facilitando o recebimento e aplicação dos valores nos projetos.
São inúmeros projetos e pesquisas que poderão ser beneficiados, neste momento, em que a pesquisa científica e tecnológica se mostra como saída para o enfrentamento da pandemia, seja pela busca por vacinas, remédios, estudos ou qualquer outra iniciativa.
(Assessoria de imprensa)
Valores do FNDCT superam R$ 4 bilhões ao ano. Entretanto, a maioria esmagadora é contingenciada pelo Tesouro Nacional para o pagamento do juro da dívida pública
Entidades da área de ciência, tecnologia e inovação lançam às 10 horas desta quarta-feira,08, uma campanha pela liberação dos recursos contingenciados do FNDCT – Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Os valores dessa principal fonte de fomento da ciência superam R$ 4 bilhões ao ano. Entretanto, a maioria esmagadora é contingenciada pelo Tesouro Nacional para o pagamento do juro da dívida pública.
A campanha será lançada em encontro virtual coordenado pela Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br). Fazem parte dessa campanha, o Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (CONFIES), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Academia Brasileira de Ciências (ABC). Também a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), entre outras.
Mais informações sobre o manifesto das entidades em defesa dos recursos do Fundo: Manifesto FNDCT (1)
(Assessoria de imprensa)
Um dos temas sugeridos pelo presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, é o cenário pós-pandemia e os efeitos da Covid-19 sobre as fundações e o sistema de ciência, tecnologia e inovação do Brasil
Em mais uma reunião virtual, o CONFIES discutiu nesta quarta-feira, 17, os principais temas para o 3º Encontro Nacional das Fundação de apoio de universidades públicas e institutos de pesquisa federais, a se realizar nos dias 11, 12 e 13 de novembro. Em 2020 o evento não será presencial e acontecerá pela plataforma virtual –, cumprindo as recomendações das organizações de saúde de distanciamento social em tempos da pandemia Covid-19.
Um dos temas sugeridos pelo presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, é o cenário pós-pandemia e os efeitos da Covid-19 sobre as fundações e o sistema de ciência, tecnologia e inovação do Brasil.
A reunião virtual, na última quarta-feira, reuniu mais de 50 fundações e 72 participantes que discutiram como estão enfrentando a pandemia na atual conjuntura. A demissão de pesquisadores e de pessoal da área administrativa foi um dos temas mais unânimes do encontro.
Também foi apresentada uma proposta de reforma da estrutura do Conselho a ser submetida a assembleia geral em 17 de julho.
Além dos dirigentes das fundações de apoio, participou do encontro o coordenador do Grupo de Apoio Técnico (GAT) da Secretaria de Ensino Superior (SESU), do Ministério da Educação, o professor Carlo Eduardo Sanches. Ele explicou detalhes sobre o novo decreto nº 7423 que prevê a informatização e simplificação do processo de credenciamento das fundações de apoio, além da autorização que passaria a ser feita pelas próprias instituições de ciência e tecnologia (ICTs). Hoje esses procedimentos ainda são realizados pelo encaminhamento de correspondência via correios. Crítico à burocracia na ciência, o presidente do CONFIES considera positiva toda iniciativa favorável à redução dos gargalos burocráticos na área da pesquisa científica e tecnológica.
Assessoria de Comunicação Social
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“A iniciativa representa a conformação do esforço do CONFIES de abrir espaço para que as fundações captem recursos para instituições apoiadas trabalharem no desenvolvimento científico e tecnológico do País”, afirma o presidente do CONFIES, Fernando Peregrino
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) concedeu apoio institucional às fundações de apoio de universidades públicas e institutos de pesquisa na criação e administração de fundos patrimoniais (ou endowment funds), conforme documento encaminhado ao presidente do CONFIES (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica), Fernando Peregrino.
A decisão atende o pedido do Conselho. “Essa iniciativa representa a conformação do esforço do CONFIES de abrir espaço para que as fundações captem recursos para instituições apoiadas trabalharem no desenvolvimento científico e tecnológico do País”, afirma Peregrino.
Autorizados pela lei Lei 13.800/2019, os fundos patrimoniais são uma modalidade de fomento, formados pela doação de recursos privados e que são investidos no mercado financeiro. Os rendimentos servem como financiamento de longo prazo para programas e projetos de áreas como ciência, tecnologia, pesquisa, inovação, cultura, saúde, meio ambiente e assistência social. O apoio institucional do MCTI aos fundos patrimoniais é permitido pela Portaria de Fundos Patrimoniais e Endowments para CT&I, publicada em 29 de outubro do ano passado.
OBJETIVOS
Na prática, o apoio institucional do Ministério às fundações de apoio representa:
- Auxílio na captação de recursos privados para destinação aos fundos patrimoniais de CT&I, por meio da busca de potenciais parceiros doadores, nacionais ou estrangeiros;
- Articulação junto a órgãos e entidades do governo para a redução de burocracia, com o intuito de fomentar a constituição e consolidação dos fundos patrimoniais que objetivem destinar recursos às atividades de ciência, tecnologia ou inovação;
- Estabelecimento de um ambiente para divulgação do portfólio de programas, projetos e demais atividades de interesse público na área de ciência, tecnologia, pesquisa ou inovação, que os fundos patrimoniais de CT&I objetivem financiar com seus recursos privados. O documento está disponível em: MCTIC fundos patrimoniais
(Assessoria de Comunicação Social)
Mais de 50 entidades, entre elas o CONFIES, endossaram o documento da Iniciativa para Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br) contra a medida provisória
O Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (CONFIES) apoia a mobilização de instituições acadêmica e de ciência e tecnologia que derrubou a medida provisória (MP) 979 que dava a prerrogativa ao ministro da Educação de nomear, temporariamente, reitores nas instituições federais de ensino superior.
Na quinta-feira (11 de junho) mais de 50 entidades, entre elas o CONFIES, endossaram o documento (à direita) da Iniciativa para Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br) contra a medida provisória.
O documento, encaminhado aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e demais lideranças parlamentares, reforça que a MP era inconstitucional e que feria a autonomia das instituições.
Diante da pressão das instituições e da sociedade, o presidente do Senado devolveu, nesta sexta-feira (12 de junho), a MP ao Palácio do Planalto. Finalmente, o presidente Jair Bolsonaro decidiu revogar a medida, conforme decisão publicada no Diário Oficial, disponível AQUI.
Assessoria de Comunicação
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Levantamento do CONFIES mostra que as fundações criaram 15 fundos especiais e arrecadaram mais de R$ 180 milhões para ajudar às instituições apoiadas no combate à Covid-19
O CONFIES (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica) realizou uma live na tarde desta quarta-feira (10) em que as fundações apresentaram as principais iniciativas para ajudar as universidades e institutos federais – instituições apoiadas – no combate à pandemia, sobretudo as que possuem unidades de saúde.
Coordenada pelo presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, a live reuniu especialistas em saúde de hospitais universitários, dirigentes e profissionais de mais de 60 fundações, além da advogada Erika Spalding, sócia do Escritório Spalding. O CONFIES reúne 90 fundações que são braços de apoio de mais de 140 instituições públicas de ciência e tecnologia, entre universidades e institutos federais (pela Lei nº 8.958/1994).
Levantamento do CONFIES, com informações divulgadas por 22 filiadas, mostra que foram criados 15 fundos especiais e que arrecadaram mais de R$ 180 milhões do setor privado para ajudar às instituições apoiadas no combate à Covid-19, entre outras iniciativas. O objetivo principal é garantir a compra de EPIs (equipamento de proteção pessoal) utilizados pelas equipes médicas e pacientes nos hospitais universitários e outras unidades públicas de saúde, insumos, álcool em gel 70%, testes e contratação de pessoal de saúde.
PILARES
O presidente do CONFIES afirmou que a criação dos fundos especiais se baseia em três pilares: transparência, interesse público em salvar vidas em um momento de “enfrentamento de guerra” e agilidade nas operações de compras.
A intenção, conforme Peregrino, é de que a taxa de administração das fundações não seja cobrada e que os recursos sejam convertidos em doação às afiliadas para o combate à Covid-19. Também diretor da Fundação Coppetec, braço de apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Peregrino recomendou que o processo de arrecadação de todos os recursos passe pelo procedimento de auditoria especializada.
HOSPITAL DO FUNDÃO
O médico Marcos Musafir, assessor para assuntos institucionais da direção geral do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF-UFRJ), participou da live e considerou extremamente positiva a contribuição das fundações de apoio neste momento de pandemia. Ele destacou o caso da Fundação Coppetec frente à gestão de arrecadação de recursos privados para o HUCFF, conhecido como Hospital do Fundão, uma das nove unidades de saúde da UFRJ, no Rio de Janeiro.
O diretor da Coppetec, Fernando Peregrino, explicou os objetivos de três fundos especiais criados pela Fundação e afirmou que foram arrecadados, até agora, mais de R$ 3 milhões para os hospitais da UFRJ.
Para Musafir, a transparência e organização da fundação na gestão dos recursos, além da rapidez em providenciar materiais básicos para uso das equipes médicas, vem ajudando a “salvar vidas” em meio a burocracia do serviço público em contraste com as ações emergenciais de combate a Covid-19.
“Em 21 de março nasceu esse fundo. Naquele momento a nossa reserva de capital (do hospital) que era de 30% estava em 15%”, disse o médico. “Há cada 20 pacientes que chegavam, ele estava salvando 18 pacientes. Que essas iniciativas continuem para que seja possível vencer a burocracia do serviço público”, defendeu Musafir.
IMPACTO DA BUROCRACIA
Conforme Musafir, a liberação dos recursos públicos para o combate a pandemia no hospital ocorreu, praticamente, um mês após a decretação de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo lembrou ele, assim que a pandemia foi decretada, o hospital criou um comitê de crise, levantou as necessidades e os problemas da burocracia do serviço público. A partir daí foram criadas parcerias com a Coppetec que garantiram de forma imediata a compra de EPIs, insumos, materiais de informática e de escritório, contratação de profissionais de saúde e até mesmo a montagem de CTI (Centro de Terapia Intensivo).
FIOCRUZ
Já a FIOTEC (Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde), braço de apoio da Fiocruz, arrecadou quase R$ 140 milhões pelo fundo criado para o combate à Covid-19, segundo o diretor da Fundação, Hayne Felipe Silva, que também participou da live. Ele antecipou que os recursos devem crescer para R$ 220 milhões nos próximos dias, em razão de um acordo em andamento de uma doação de R$ 82 milhões pelo Itaú, carimbados para compra de insumos para testagem, provenientes da China.
Segundo Felipe Silva, a maioria dos recursos (99,8%) foi doada pelas empresas, enquanto 0,2% por pessoas físicas. Os recursos arrecadados para Fiocruz – que se somam aos do Tesouro Nacional para o combate a pandemia – estão sendo utilizados em múltiplas iniciativas, declarou. Entre elas, na ampliação do atendimento de leitos das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
APOIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
No Paraná, a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Paraná (FUNPAR), braço de apoio da UFPR, criou dois fundos para ajudar a universidade no combate à pandemia. De acordo com o dirigente da fundação, João Dias, as iniciativas são conduzidas em parceria com o Ministério Público. Nesse caso, pela live, ele informou que a Receita Federal doou 2,6 mil litros de bebida alcoólica, oriundos de apreensão e que serão convertidos em álcool gel 70% para instituições de saúde da região, a partir da próxima semana. O site da fundação mostra arrecadação superior a R$ 2 milhões.
Já em Pernambuco, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco (Fade-UFPE) deu início a duas Chamadas Públicas para arrecadação de recursos voltados para o monitoramento e combate ao Covid-19, em parcerias com os Ministérios Público (MP) e do Trabalho (MT). O projeto arrecadou quase R$ 1 milhão até agora, principalmente de sentenças e ações judiciais, conforme o secretário executivo da FADE e docente da UFPE Arthur Coutinho, também participante da live. Os recursos são utilizados na aquisição de insumos, EPIs, testes de Covid-19 e produção de álcool em gel 70%, por exemplo.
PRODUÇÃO DE ÁLCOOL
Outro fundo especial foi criado pela FAPUR (Fundação de Apoio a Pesquisa Científica e Tecnológica), braço de apoio da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Chamado de Fundo de Atenção à Covid-19, os valores arrecadados ainda não chegaram à casa de milhões de reais, mas já permitiram à compra de insumos para fabricação de máscara e produção de 15 mil litros de álcool 70º, de acordo com a professora de físico-química Clarissa Oliveira da Silva, vice-presidente da FAPUR e gestora do fundo. Coordenadora do grupo 70 Rural, Clarissa informou, pela live, que a iniciativa atende sobretudo as redes de saúde de municípios da Baixada Fluminense.
LISTA DE FUNDAÇÕES ENVOLVIDAS EM AÇÕES DE COMBATE À COVID-19
Abaixo, confira as fundações que criaram ações ( fundos, campanhas e outros) de combate à pandemia em parceria com as instituições apoiadas. Todas as informações sobre como doar estão disponíveis nos sites:
- FIOTEC – Fiocruz/RJ
- Fundação Coppetec – UFRJ
- FINATEC – UNB/DF
- Fundunesp – Unesp
- FUFRGS – UFRGS
- Uniselva – UFMT
- FADE – UFPE
- FADEPE – HU-UFJF
- Fundep – UFMG
- Funpar – UFPR
- FEESC – UFSC
- Fundação Josué Montello – UFMA
- FUSP – USP
- FATECSM – UFSM
- FDMS – UFPel (RS)
- Fundmed – UFRGS
- FAPEX – UFBA
- FEEng – IFRS
- FAP – UNIFESP
- FAPUR – UFRRJ
- FUJB – UFRJ
- FEC – UFF(Assessoria de Comunicação Social)
CONFIES e Diretoria das Fundações de apoio discutem crise financeira e plano de ação do 3º Congresso Nacional, a se realizar nos dias 11, 12 e 13 de novembro de 2020, pela plataforma virtual
Em mais um encontro virtual, o presidente do CONFIES, Fernando Peregrino se reuniu na tarde desta sexta-feira (05) com dirigentes de fundações de apoio de universidades e institutos de pesquisa federais, para discutir a agenda das filiadas, traçada para 2020.
Um dos principais pontos da pauta da reunião – realizada pela plataforma Zoom – foi a troca de experiências adotadas para o enfrentamento da crise financeira deflagrada pela pandemia Covid-19. Diante de cortes de investimentos em projetos de pesquisa e investimento (P&D), algumas fundações começam a demitir pesquisadores e colaboradores da administração na tentativa de equilibrar a relação entre receita e despesa. Esse será um dos temas do 1º Encontro de presidentes das fundações de 2020, a se realizar em 17 de junho, também pela plataforma Zoom.
Nesse caso, o presidente do CONFIES lamentou a queda da proposta de Emenda (nº 619), apresentada à Medida Provisória (MP) 936/2020, na Câmara dos Deputados. Segundo ele, a proposta poderia converter contratos de empregos formais (CLT) para bolsas de pesquisa e salvar muitos empregos e garantir renda mínima aos pesquisadores no momento de pandemia.
“Nossa esperança é de que possamos reverter essa situação no Senado Federal”, estima Peregrino.
3º CONGRESSO NACIONAL DO CONFIES/2020
Outro ponto discutido foi o andamento da organização do 3º Congresso Nacional do CONFIES, a se realizar nos dias 11, 12 e 13 de novembro deste ano. O encontro, que se realiza tradicionalmente Brasília, este ano será virtual em decorrência da pandemia, seguindo as orientações de distanciamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS). O plano de ação do 3º Congresso foi apresentado aos dirigentes das fundações de apoio pela responsável da organização, Vanessa de Lucena Lermen, coordenadora de Comunicação e Eventos da Fundmed, fundação que tem a expertise em plataformas de eventos virtuais com especialistas da área médica. Ela informou, por exemplo, que o encontro, que pode acontecer pela plataforma Zoom ou pelo Youtube, poderá ter salas virtuais com temas segmentados.
PARTICIPANTES
Participaram do encontro virtual nesta sexta-feira, o presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, também diretor da Fundação COPPETEC; os dirigentes Aristeu Santos (Faurgs/RS), Antonio Fernando (FAPEX/BA), Cristiano Maciel (Uniselva/MT), Roberto Barreto (FADESP/PA), Fernando Gomes (FundMed/RS), Hayne Felipe (Fiotec/RJ) e João Dias (Funpar/PR). Também participaram Tatiana Shigunov e André Feofiloff, do Colégio de Procuradores; Vanessa de Lucena Lermen, coordenadora de Comunicação e Eventos da Fundmed; e Carlos Frausino, assessor parlamentar.
Assessoria de imprensa
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Em abril, a Aneel anunciou a proposta de reduzir investimentos em P&D do setor elétrico que podem levar a demissão de 9 mil pesquisadores, aproximadamente. Antes disso, a Petrobras comunicou a suspensão de R$ 430 milhões em projetos de P&D na área de petróleo em 2020, podendo atingir 962 pesquisadores CLTs
O presidente do CONFIES (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica, Fernando Peregrino lamenta a queda da emenda 619, apresentada à MP 936, na Câmara dos Deputados – um mecanismo que poderia salvar pesquisadores do desemprego absoluto em pleno estado calamidade pública, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
“A nossa expectativa é de que possamos reverter a situação no Senado Federal”, espera Peregrino.
O Plenário da Câmara aprovou ontem a MP 936 que promove alterações na legislação trabalhista para evitar demissões e garantir renda no período de pandemia. O texto foi encaminhado ao crivo do Senado. A emenda 619 prevê converter em bolsa de pesquisa empregos formais de pesquisadores (das áreas de petróleo, gás e energia elétrica) que estão sendo demitidos em razão da suspensão de projetos em diversos laboratórios de universidades federais acordados com fundações de apoio.
Em abril, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou a proposta de reduzir investimento em P&D do setor elétrico podendo demitir 9 mil pesquisadores, aproximadamente, segundo levantamento do CONFIES.
Pela Lei nº 9.991, de 34 de julho de 2000, as empresas do setor de energia elétrica têm a obrigação de investir 1% ao ano, no mínimo, da receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico. Infelizmente, o Brasil consegue aplicar somente 0,4% do percentual total, o equivalente a R$ 1,2 bilhão ao ano. Já os demais 0,6% da obrigação legal são destinados aos FNDCT (0,4%) e (0,2%) ao Ministério de Minas e Energia (MME) – valores que todo ano são contingenciados pelos Tesouro Nacional e não aplicados em pesquisa e desenvolvimento do setor, segundo Peregrino.
PETROBRAS
A decisão da Aneel aconteceu dias após a Petrobras ter comunicado a suspensão de R$ 430 milhões em projetos de P&D na área de petróleo em 2020, esses atrelados à Cláusula de PD&I estabelecidas na Lei nº 9.478/1997, que tem o objetivo de estimular a pesquisa e a adoção de novas tecnologias para o setor.
Sozinha, a proposta da Petrobras ameaça demitir 962 pesquisadores CLTs, contratados por 30 fundações atuantes em mais de 50 universidades federais. Contudo, somando o setor de energia elétrica, as demissões tendem a atingir praticamente 10 mil pesquisadores, segundo dados do CONFIES.
AMEAÇAS NO SENADO
Ao mesmo tempo em que apoia a Emenda 619, para assegurar socorro aos pesquisadores em processo de demissão, o CONFIES critica as propostas que começaram a tramitar no Senado que preveem redução de investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) do setor elétrico e, por tabela, milhares de demissões de pesquisadores. Uma delas é a proposta de Emenda 87 apresentada pelo senador Marcos Rogério à Medida Provisória (MP) nº 950/20, a que estabelece providências emergenciais ao setor elétrico. Uma outra, o projeto de lei (PL) 943/2020, do mesmo parlamentar.
Assessoria de Comunicação Social
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Mais informações:
Suspensão de projetos de P&D no setor de energia incentiva demissão de pesquisadores e dependência externa, alerta CONFIES
Reitores de 16 universidades federais se uniram às fundações de apoio e ao CONFIES na tentativa de reduzir danos aos projetos de pesquisa nas áreas de petróleo, gás e energia elétrica
O CONFIES (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica) critica propostas, em tramitação no Congresso Nacional, que preveem redução de investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) do setor elétrico. Uma delas é a proposta de Emenda 87 apresentada pelo senador Marcos Rogério à Medida Provisória (MP) nº 950/20, a que estabelece providências emergenciais ao setor elétrico. Uma outra, o projeto de lei (PL) 943/2020, do mesmo parlamentar.
Levantamento do CONFIES com as 96 fundações de apoio de universidades e institutos federais mostra que, caso essas propostas sejam aprovadas, haverá suspensão da ordem de R$ 1,2 bilhão ao ano em investimentos de P&D e em eficiência energética (adoção de novas tecnologias no setor) e demissões de mais de 9 mil pesquisadores na área de energia elétrica.
“Essas propostas, se aprovadas, podem trazer consequências drásticas ao futuro do País”, avalia o presidente do CONFIES, Fernando Peregrino. “Não adianta reduzir investimento da pesquisa para tentar resolver o problema de caixa das distribuidoras em curto prazo, porque as consequências serão drásticas em médio e longo prazos para o Brasil, tanto na ciência, como na economia. A começar pela inevitável alta da dependência pelos equipamentos elétricos internacionais, sobretudo chineses, devendo elevar, depois, o custo da energia elétrica para o consumidor, no pós-pandemia”, exemplifica.
OBRIGAÇÃO LEGAL
Pela Lei nº 9.991, de 34 de julho de 2000, as empresas do setor de energia elétrica têm a obrigação de investir 1% ao ano, no mínimo, da receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico. Infelizmente, o Brasil consegue aplicar somente 0,4% do percentual total, o equivalente a R$ 1,2 bilhão ao ano. Já os demais 0,6% da obrigação legal são destinados aos FNDCT (0,4%) e (0,2%) ao Ministério de Minas e Energia (MME) – valores que todo ano são contingenciados pelos Tesouro Nacional e não aplicados em pesquisa e desenvolvimento do setor, lamenta Peregrino.
PETROBRAS
As medidas de redução de investimento em P&D do setor elétrico foram anunciadas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) dias após a Petrobras ter comunicado, em abril, às fundações de apoio de universidades e institutos federais, a decisão de suspender este ano R$ 430 milhões em projetos de P&D na área de petróleo – atrelados à Cláusula de PD&I estabelecidas na Lei nº 9.478/1997, que tem o objetivo de estimular a pesquisa e a adoção de novas tecnologias para o setor. Somente a proposta da Petrobras ameaça demitir 962 pesquisadores CLTs, contratados por 30 fundações atuantes em mais de 50 universidades federais. O CONFIES vem tentando convencer a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para evitar um desastre na pesquisa, lembra Peregrino.
APOIO DE REITORES
Para tentar minimizar o problema e dar sequência aos projetos de pesquisa, reitores de 16 universidades federais se uniram às as fundações de apoio e ao CONFIES na tentativa de reduzir os danos aos projetos de pesquisa nas áreas de petróleo, gás e energia elétrica, conduzidos em quase 300 laboratórios universitários. Essas instituições apoiam a Emenda 619, apresentada pela deputada Margarida Salomão, para que seja possível conceder aos pesquisadores em processo de demissão, pelo menos, uma bolsa de pesquisa no período de pandemia.
Esses reitores são das seguintes instituições: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade de Brasília (UnB). Também da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal do Piauí (UFPI). Também da Universidade Federal da Paraíba (UFPb) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Desse universo, 9 das 12 universidades mais produtivas do Brasil (segundo o Clarivate Analytics, 2019) apoiam o pleito.
O Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIF) também apoiam a proposta defendida pelos reitores, fundações e o CONFIES.
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