Último levantamento do CONFIES, sobre práticas de compliance, mostrou que quase metade das associadas já adota alguma política de compliance
Com o objetivo de aprimorar e estimular, cada vez mais, a boa gestão dos recursos das atividades de pesquisa das instituições de ciência, tecnologia e inovação (ICTs), o Colégio de Procuradores do CONFIES –, que representa o órgão de assessoramento jurídico das fundações de apoio das IFES e ICT´s – realizou ontem, 30 de maio, uma oficina online dando mais orientações sobre práticas de compliance.
A proposta do evento foi a de promover debates sobre temas importantes para as filiadas ao Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (CONFIES).
“O objetivo do programa de compliance é de proporcionar segurança e minimizar riscos de instituições e empresas, garantindo o cumprimento dos atos, regimentos, normas e leis estabelecidos interna e externamente”, destacou um dos ministradores da oficina, o consultor Marcelo Romano, especialista em Segurança da Informação, Riscos e Compliance, Gestão de Projetos, Governança em Tecnologia, Privacidade e Proteção de Dados. Ele é Professor Convidado no MBA em Gestão de Pessoas e no MBA em Gestão de Negócios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O último levantamento do CONFIES, sobre práticas de compliance, mostrou que 40% (dado de 2019) das associadas já adotam alguma política de compliance, mesmo diante do excesso de novas leis e de normas (16 por dia) que, por tabela, aumentam os gargalos burocráticos das atividades científicas e tecnológicas do Brasil.
Hoje o Conselho reúne 99 filiadas que gerenciam cerca de R$ 9 bilhões da atividade de pesquisa conduzida pelas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e ICT’s. São mais de 20 mil projetos científicos e tecnológicos gerenciados pelas Fundações de Apoio, sendo que a maioria são parcerias entre a iniciativa privada (petroleiras, empresas de energia e de saúde, dentre outras) e IFES e ICTs.
Em sua apresentação, Marcelo Romano relatou suas experiências na consultoria de projetos de compliance para vários segmentos, passando pelo empresarial, governo, mercado financeiro e fundações de apoio. Ele discorreu ainda sobre os desafios e benefícios para quem decidir adotar políticas de compliance em seus negócios.
Na lista de benefícios, segundo ele, estão o ganho de vantagem competitiva em relação à concorrência; atração de investidores e investimentos; identificação de riscos e prevenção de problemas; ganho de credibilidade; melhoria da eficiência e qualidade dos serviços/produtos; aumento da governança; consolidação de uma cultura organizacional; e sustentabilidade.
“Além disso, o programa de compliance pode ajudar a garantir que os colaboradores estejam cientes das políticas e procedimentos da empresa e possam agir em conformidade com essas políticas e procedimentos”, acrescentou.
Oficina
O consultor Marcelo Romano conduziu a oficina juntamente com Rosângela Caubitm, Professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em Estratégia Empresarial, Gestão da Qualidade e Processos e Gestão Estratégica de TI, também Professora do IBMEC e da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Gestão de Resultados Organizacionais, Gestão de Riscos e Gestão de TI.
A apresentação na íntegra está disponível em: COMPLIANCE – Apresentação Técnica
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