Presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, propõe atualizar decreto à luz da experiência das fundações de apoio para reduzir a burocracia. Ideia é encaminhar proposta ao ministro Marcos Pontes (MCTIC) para conduzir a tramitação no Executivo
O Secretário de Controle adjunto da Controladoria Geral da União (CGU), Gustavo Chavez, afirmou que o controle deve focar mais na busca de resultados e clareza de objetivos dos projetos científicos, em vez de atuar no trabalho do cientista e pesquisador, como acontece hoje. A informação do secretário foi concedida nesta quarta-feira, 10, na Assembleia Geral Extraordinária do CONFIES (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica), na Finatec, fundação de apoio da Universidade de Brasília (UnB), em Brasília.
Chavez defende o que chama de “melhores controles” na atividade de pesquisa conduzida em universidades públicas e institutos. “Trabalhar com foco em busca de resultados e clareza de objetivos não é necessariamente o mais fácil, mas é o melhor caminho”, disse Chavez. “É preciso franqueza para ver onde é possível melhorar e tornar a área de P&D mais voltada para o interesse nacional”.
A intenção, segundo Chavez, é que a atividade de P&D traga resultados, tanto para as universidades, que tratam da formação acadêmica e de profissionais, como para eventuais parceiros e partes interessadas, como a indústria.
Indicadores
Para o secretário adjunto da CGU, é preciso amadurecer o debate para adotar o novo modelo de controle. “Avaliar essa discussão ainda é um grande desafio, de como mensurar as questões internamente, as referências básicas, como patentes e publicações internacionais. São vários indicativos que podem, de alguma forma, mensurar um pouco os resultados. Mas precisaríamos fortemente de um diálogo entre a área de controle, as fundações, as universidades, os centros de pesquisas e os ministérios envolvidos, como MEC e MCTIC”, afirmou.
Na opinião de Chavez, o MEC, MCTIC e universidades têm de trabalhar muito próximos. “Não faz sentido serem tão afastados como de repente foi em alguns anos”, defendeu.
Chavez afirmou ainda que o governo federal passa por instancias tanto de controle como setoriais e defendeu políticas baseadas em evidências. “Isso é muito tranquilo e próximo da área de P&D que trabalha trazendo boas práticas e metodologias que consigam aumentar probabilidade e que o resultado seja útil para o que se pretende para uma linha de pesquisa”, defendeu.
Despesas e Custos
O presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, mediando o debate, questionou como as fundações de apoio poderiam melhorar as compras de insumos para as pesquisas diante de limitações de gastos. Um exemplo, citou Peregrino, é o limite mínimo de R$ 20 mil do cartão corporativo do pesquisador por projeto, quando existe projeto de até R$ 40 milhões. “20 mil reais por projeto é praticamente zero. Não dá nem para começar, porque o custo é muito maior”, afirmou.
Em resposta, o secretário adjunto da CGU, Gustavo Chavez, defendeu mais transparência das operações para flexibilizar as regras e de um trabalho conjunto entre as instituições de pesquisa. “Um ponto muito interessante é se avançar na questão de transparência. O controle não precisa ser o controle da unidade de auditoria. Pode ser do próprio meio acadêmico, o controle social é um ponto essencial. O Portal da Transparência do Governo Federal foi criado, em 2004, exatamente para trazer transparência dos recursos federais”, disse.
Chavez reconheceu a importância de o cientista focar o trabalho na pesquisa e menos em serviços burocráticos. “É um crime. O colega que fez um PHD e pós-doutorado deveria estar dentro do laboratório produzindo”, considerou. Estudo do CONFIES mostra que o Brasil desperdiça R$ 9 bilhões com a burocracia na ciência.
Proposta do CONFIES
Para Chavez, as próprias fundações de apoio têm de ajudar o pesquisador a focar no que é relevante para o papel. Nesse contexto, o secretário adjunto da CGU demonstrou apoio à proposta do presidente do CONFIES de mudar a legislação em vigor para se avançar nas discussões e nesses objetivos.
Peregrino propôs atualizar o decreto nº 8241 encaminhando uma minuta ao feitio das experiências das fundações de apoio ao ministro Marcos Pontes (MCTIC) para conduzir a tramitação no Executivo. “Todos nós queremos transparência. Esse aborrecimento ninguém quer aqui. Trabalhamos para que não ocorra problemas”, destacou Peregrino.
O órgão de controle está junto nesse debate, segundo o secretário adjunto da CGU. “Esse é o caminho, o de tentar uma discussão franca da construção melhor do normativo”, disse. “É preciso parar de discutir como se tudo fosse ciência exata, valor cravado. Temos a certeza de que o processo tem riscos e esses riscos podem ser trabalhados e mensurados. A discussão é como tornar as organizações e a atuação das diversas organizações na sua competência mais equilibradas para que tenhamos resultados melhores e não problemas”, acrescentou Chavez.
Redução da burocracia
Para o secretário adjunto da CGU, o ponto principal não deve ser mais o controle. “Melhores controles propiciam, de fato, o pesquisador, para que ele tenha foco no trabalho, na atividade finalística dele”.
Além das fundações, a CGU levará essas informações às universidades e outras partes envolvidas, acrescentou Chavez. “É um trabalho que precisa do envolvimento de todos, cada um enxergando o seu papel, responsabilidade, mas todos alinhados com objetivos que sejam comuns, de fortalecer o core business (negócio principal) de cada organização. Se é uma organização de pesquisa, de P&D, não faz sentido gastar maior parte do tempo em burocracia”.
Chavez entende, porém, as dificuldades de se colocar o debate em prática. “No Brasil temos muita dificuldade de clareza e objetivos de que a organização deva perseguir em uma visão de curto, médio e longo prazos, mais especificamente os laboratórios e as linhas de pesquisa. Esse é um processo cultural que teremos de amadurecer para se obter similaridade com o mercado externo, onde os controles se inserem de forma automática ao longo de toda cadeia”, disse.
Fundações de apoio
Participaram do encontro 42 fundações filiadas ao CONFIES que atuam na ponta da pesquisa gerenciando compras de insumos utilizados nos laboratórios universitários e institutos. São elas, MURAKI, FAPEX, FEPBA, FCPC, FUNCEPE, FAHUB, FINATEC, FACTO, FUNAPE, FUNDAHC, FJMONTELLO, FSADU, CEFETMINAS, FAEPE, FAU, FAUF, FCO, FEPE, FUNARBE, FUNDECC, FUNDEP, Uniselva, FADESP, FUNETEC, Fade, FUNPAR, FUNTEF, FUPEF, COPPETEC, FACC, FEC, FIOTEC, FUNPEC, FAURGS, FLE, FUNDMED, FAPEU, FEESC, FACTI, FAI.UFSCAR, FUNCATE, FUNEP.
Mais informações sobre a Assembleia Geral Extraordinária do CONFIES: CONFIES homologa novas fundações de apoio afiliadas
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Os novos membros do CONFIES são FAPUR e a Fundação CETREDE
O número de fundações de apoio afiliadas ao CONFIES (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica) subiu para 96 instituições. Nesta quarta-feira, 10, foram homologadas duas novas afiliadas, na Assembleia Geral Extraordinária do Conselho, realizada na Finatec, fundação de apoio da Universidade de Brasília (UnB).
São elas, a FAPUR, fundação de apoio à pesquisa científica e tecnológica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); e a Fundação CETREDE, fundação de apoio da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Participaram do encontro 42 fundações filiadas que atuam na ponta da pesquisa científica gerenciando compras de insumos utilizados nos laboratórios universitários e institutos, por exemplo. São elas, MURAKI, FAPEX, FEPBA, FCPC, FUNCEPE, FAHUB, FINATEC, FACTO, FUNAPE, FUNDAHC, FJMONTELLO, FSADU, CEFETMINAS, FAEPE, FAU, FAUF, FCO, FEPE, FUNARBE, FUNDECC, FUNDEP, Uniselva, FADESP, FUNETEC, Fade, FUNPAR, FUNTEF, FUPEF, COPPETEC, FACC, FEC, FIOTEC, FUNPEC, FAURGS, FLE, FUNDMED, FAPEU, FEESC, FACTI, FAI.UFSCAR, FUNCATE, FUNEP.
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A carta foi entregue no decorrer da Assembleia Geral Extraordinária do CONFIES, realizada ontem na Finatec, fundação de apoio da Universidade de Brasília (UnB)
O FAIPES entregou carta nesta quarta-feira, 10, ao CONFIES em que pede desculpas por não ter o convidado oficialmente para participar e contribuir da edição de 2019 do FAIPES (Encontro Anual de Dirigentes de Fundações de Apoio às Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais), realizado em junho, em Belo Horizonte (MG).
A carta foi entregue no decorrer da Assembleia Geral Extraordinária do CONFIES, realizada ontem na Finatec, fundação de apoio da Universidade de Brasília (UnB), evento que reuniu 44 fundações de apoio à pesquisa científica conduzida nas universidades públicas e institutos.
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Pontes citou esforço do CONFIES para criação dos fundos patrimoniais e defendeu a união de todos para reverter a crise da ciência brasileira
Com a presença de instituições científicas, como o CONFIES, SBPC e ABIPTI, a Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação foi oficializada na tarde desta quarta-feira, 03, no salão Nobre do Senado, com a participação do ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, além de deputados e senadores. O grupo parlamentar, que nasce com 165 deputados e 43 senadores afiliados, é presidido pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e pelo deputado Vítor Lippi (PSDB-SP), na vice-presidência.
O ministro destacou, em seu discurso, a importância da criação da Frente Parlamentar Mista para o avanço da ciência brasileira e o esforço do presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, em defesa da criação dos fundos patrimoniais que agora podem ser geridos pelas fundações de apoio às universidades públicas. Pontes também destacou a luta do presidente da SBPC, Ildeu Moreira, para o fortalecimento da área científica e tecnológica.
“Gostaria muito de agradecer a existência dessa Frente Parlamentar que nos une, tanto o Executivo como o Legislativo, pela causa da ciência e tecnologia que é uma ferramenta de união”, defendeu Pontes.
Nesse contexto, o ministro mencionou a importância de união entre todas as partes envolvidas na área para reverter a crise. “Executivo, Legislativo, setor privado, universidades, academias, associações, todos nós juntos, com certeza, conseguiremos modificar esse quadro do Brasil e reverter a situação do orçamento e recuperar o quadro de pessoal”, disse.
Burocracia
Presidente da Frente Parlamentar, o senador Izalci mencionou, entre outros pontos, os gargalos burocráticos na ciência brasileira. A redução da burocracia na pesquisa científica tem sido uma luta constante do CONFIES.
“Ontem participei no Ministério da Economia de uma palestra sobre burocracia e desenvolvimento. Eu disse, naquele momento, que todo mundo que tem o poder na caneta deveria ser empresário pelo menos em um ano para saber o que é isso. São heróis os empresários no Brasil, da mesma forma que professor e pesquisador”, disse Izalci destacando o encontro na véspera com a classe empresarial.
Segundo o senador, a Frente Parlamentar Mista deve se reunir a cada quinzena para discutir algum tema da área, uma vez que ciência e tecnologia perpassa por todos os ministérios e atividades. “Temos muitos gargalos em vários setores”, declarou Izalci.
Já o vice-presidente do grupo parlamentar, o deputado Vítor Lippi, afirmou que a Frente foi definida como um dos pilares para que o Brasil retome o caminho do crescimento. Nesse caso, Lippi citou três pontos prioritários: a garantia do orçamento, a continuidade do orçamento e o uso estratégicos dos recursos da área da ciência e tecnologia.
“Não existe nada mais importante do que o conhecimento. Temos de ampliar os recursos, a pesquisa aplicada e a continuidade dos recursos para o uso estratégico da produção científica”.
CONFIES em Brasília
Além de participar do lançamento da Frente Parlamentar Mista, o presidente do CONFIES, o engenheiro Peregrino participou de reunião com membros da Controladoria Geral da União (CGU) sobre pontos de interesse das 96 fundações de apoio à pesquisa em mais de 140 universidades públicas. Peregrino se reuniu ainda com o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, o deputado Felix Mendonça Junior; e também com a deputada Bruna Furlan.
Mais informações sobre o assunto: Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia será lançada na 4ª-feira
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Fotos: MCTIC e CONFIES
Decisão vitoriosa obtida nesta 3ª-feira, 11, no Congresso Nacional, é fruto de acordo entre o governo, oposição e oito instituições científicas, como CONFIES, SBPC, ABC, Andifes e Confap
A derrubada do veto presidencial que impedia as fundações de apoio à pesquisa científica de serem gestoras dos futuros fundos patrimoniais vinculados à área de ciência e tecnologia representa uma vitória, segundo o presidente do CONFIES (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica), Fernando Peregrino.
Pelo placar da sessão conjunta de senadores e deputados, foram 50 votos favoráveis no Senado contra 8 à decisão. Na Câmara dos Deputados foram 338 favoráveis contra 126. Outros vetos, porém, foram mantidos. Um deles é o que inviabiliza incentivo fiscal às doações de recursos privados a esses futuros fundos patrimoniais.
A Lei dos Fundos Patrimoniais (nº 13.800/19) é resultante da MP 851/18, criada na época do incêndio do Museu Nacional e relatada pela deputada Bruna Furlan (PSDB-SP). Pela nova legislação, serão criados fundos patrimoniais para incentivar doações privadas a projetos de interesse público em áreas como ciência e tecnologia, cultura e meio ambiente, entre outras.
“A volta das fundações de apoio à Lei dos Fundos Patrimoniais é uma atitude de justiça do governo e do Congresso Nacional com as universidades públicas que têm em suas fundações uma importante alavanca de captação de receitas extras e complementares às suas atividades de ensino, pesquisa e inovação”, disse Peregrino.
Fundações de apoio
Segundo reitera Peregrino, as fundações de apoio são elos estratégicos para alavancar recursos, públicos e privados, para a ciência, área essencial para o desenvolvimento de qualquer nação. Regidas pela Lei nº 8958/94, as fundações de apoio são entidades de direito privado e são exaustivamente fiscalizadas pelos órgãos de controle, segundo o CONFIES. “São instituições que possuem experiência na gestão de mais de 22 mil projetos de pesquisa e inovação por ano e que dão assistência a mais de 130 universidades públicas e institutos de pesquisa.”
Acordo
A decisão vitoriosa do Congresso Nacional desta terça-feira, 11, de derrubar um veto da Lei dos Fundos Patrimoniais é fruto de um amplo acordo entre o governo, oposição e oito instituições científicas que integram a Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br), criada em 08 de maio: CONFIES, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) junto à Academia Brasileira de Ciências (ABC), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (Consecti) e Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Municipais de Ciência, Tecnologia.
Para essas instituições, a nova legislação representa um grande passo para o Brasil entrar na lista das nações desenvolvidas. Segundo levantamento dessas instituições, em países como Estados Unidos e Canadá, os fundos patrimoniais chegam a totalizar, com doações de pessoas físicas e jurídicas privadas, cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB).
As negociações no Congresso foram lideradas pelo ex-deputado Celso Pansera, coordenador a ICTP.br, o deputado Luiz Paulo Teixeira e o professor Newton Lima (ex-deputado).
“Derrubar o veto à lei 13.800/1 foi corrigir um dos maiores erros, que era a proibição das fundações de apoio em serem gestoras do fundos patrimoniais. Agora, nossa luta é por repor os incentivos fiscais, fundamentais para que a lei tenha eficácia de fato”, disse Pansera.
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Foto: Agência Câmara
CONFIES será o patrocinador institucional do evento pela 1ª vez
O 8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria se realizará nos dias 10 e 11 de junho, no São Paulo Expo Exhibtion Center, em São Paulo. Pela primeira vez, o CONFIES (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica) será o patrocinador institucional do evento.
Realizado a cada dois anos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), o Congresso reúne representantes do setor produtivo, do governo e da academia científica. Mais informações estão disponíveis aqui.
Fundações de apoio
As fundações de apoio são elos estratégicos para alavancar recursos, públicos e privados, para a ciência, tecnologia e inovação do País. Hoje o Brasil possui 96 fundações dando apoio a atividade de pesquisa em 133 universidades públicas.
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Presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, reafirmou a necessidade de reduzir a burocracia da atividade de pesquisa e defendeu apoio para derrubar os vetos da Lei dos Fundos Patrimoniais
Em reunião com o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), general Waldemar Barroso Magno, nesta segunda-feira, 20, membros da diretoria da COPPE, o maior centro de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina, apresentaram uma pauta de discussão para o fortalecimento da ciência.
O encontro, que reúne mais 250 pesquisadores e profissionais de todas regiões do Brasil, aconteceu após a palestra do presidente da Finep no I Congresso Brasileiro em Engenharia de Sistemas em Processos, realizado no auditório da COPPE, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Na reunião, o diretor de Orçamento e Controle da COPPE, o engenheiro Fernando Peregrino, que também é presidente do CONFIES, expôs o esforço do órgão para reduzir os entraves burocráticos a partir de negociações com membros do TCU (Tribunal de Contas da União). Nesse caso, Peregrino reafirmou a necessidade de se criar o que chama de Rubrica Única no planejamento e na prestação de contas nas pesquisas científicas. A intenção é que as despesas de custeio e capital da pesquisa sejam agrupadas na conta de investimento compondo à chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF).
Fundos patrimoniais
Peregrino destacou ainda a necessidade de se derrubar os vetos presidenciais da Lei dos Fundos Patrimoniais, conhecidos como Fundos de Endowments que, nos Estados Unidos, por exemplo, irrigam a ciência com bilhões de dólares por ano.
Também participaram do evento o professor Edson Watanabe, diretor da COPPE, e o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Química (Abeq), Galo Antonio Carrillo Le Roux. Também a diretora de Assuntos Acadêmicos, Claudia Werner; o diretor de Planejamento, Administração e Desenvolvimento Institucional, Ericksson Almendra; e o assessor do presidente da Finep, Felipe Caetano de Bastos.
O evento é coordenado pelos professores do Programa de Engenharia Química da COPPE, Argimiro R. Secchi, e Maurício Bezerra de Souza Jr, também professor da Escola de Química.
Leia mais sobre o assunto no Planeta COPPE Notícias: Presidente da Finep participa de congresso e de reunião com diretores da COPPE
(Assessoria de imprensa com informações do Planeta COPPE Notícias)
Fotos: Planeta COPPE Notícias
Medida traz preocupação para o sistema de ciência, tecnologia e inovação
Dez instituições científicas, entre elas o CONFIES, encaminharam nesta terça-feira, 21, carta conjunta ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, em que se posicionam contrárias à proposta recentemente aprovada na Medida Provisória 870/2019, pela Comissão Mista.
A carta na íntegra está disponível em PDF: Carta conjunta ao ministro Marcos Pontes_MP 870-2019
Pela 1ª vez, Parlamento discutirá gargalos burocráticos na pesquisa científica. Esse é um pleito do CONFIES com intuito de melhorar mais os resultados da ciência produzida no Brasil
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), da Câmara dos Deputados, realizará, em 30 de maio, audiência pública sobre a burocracia da atividade de pesquisa – um dos gargalos que emperram o desenvolvimento científico e tecnológico nacional. Essa será a 1ª vez que o assunto será tema de audiência no Parlamento.
O CONFIES (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica) recebeu a confirmação da data da audiência na quarta-feira, 08, pelo presidente da Comissão, o deputado Felix Mendonça Junior.
Debater os entraves burocráticos da pesquisa científica no Congresso Nacional é um pleito do CONFIES com o intuito de melhorar mais os resultados da ciência produzida no Brasil.
Hoje as fundações de apoio, presentes nas universidades públicas – instituições que respondem pela quase totalidade (95%) das pesquisas científicas realizadas no Brasil – gerenciam 22 mil projetos de pesquisa da ordem de R$ 5 bilhões por ano. Levantamento do CONFIES mostra que 35% do tempo dos cientistas se perdem com serviços burocráticos, como preenchimento de papeis e a redução desse gargalo tende a melhorar o ambiente de trabalho do pesquisador. Hoje o Brasil possui 96 fundações afiliadas ao CONFIES.
O presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, diz que a confirmação da audiência pública é o estágio mais elevado da campanha do órgão iniciada em 2017, com o projeto de autorregulação com a Controladoria Gera da União (CGU) contra burocracia na pesquisa, hoje uma campanha unitária da SBPC, ANDIFES, ABC, CONFAP, CONIF e CONSECTI, entre outras instituições da área de ciência e tecnologia.
Especialistas convidados
Foram convidados para o debate, além do presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira. O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes), Reinaldo Centoducatte. Também Carlos Octaviano de Medeiros Mangueira, Procurador Federal (Advocacia Geral da União), Procurador-Geral da Universidade Federal da Paraíba e Coordenador do Fórum de Educação da Procuradoria-Geral Federal/AGU. Antônio Carlos Bezerra Leonel, Secretário Federal de Controle Interno da Controladoria Geral da União (CGU); Alfredo Renault, Superintendente da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); e Antônio Carlos de Carvalho, do Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem (CENABIO) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Local
A audiência pública se realizará na próxima semana, 30 de maio (quinta-feira), às 10 hs, no Plenário 13, Anexo 2, da CCT, na Câmara dos Deputados.
Mais informações sobre o assunto: Câmara dos Deputados debaterá a burocracia na pesquisa
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Iniciativa foi discutida, nesta quarta-feira, 15, na 3ª Reunião Ordinária da Diretoria do CONFIES, realizada na sede da FINATEC, fundação de apoio da UnB, em Brasília
Temendo uma paralisia da atividade de ensino, pesquisa e extensão, as fundações de apoio devem intensificar as mobilizações para atrair investimentos públicos e privados na tentativa de salvar o que chamam de patrimônio da educação e da pesquisa do Brasil.
Essa decisão dos diretores do CONFIES (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica) foi tomada nesta quarta-feira, 15, na 3ª Reunião Ordinária da Diretoria do Conselho, realizada na sede da FINATEC, fundação de apoio da UnB (Universidade de Brasília), no mesmo dia em que estudantes e pesquisadores foram as ruas contrários aos cortes do orçamento das universidades.
As restrições do orçamento público para as universidades apoiadas e as fundações foi um dos 9 itens da pauta do encontro dos diretores do CONFIES. A audiência pública sobre Burocracia na Pesquisa, confirmada para 30 de maio na Comissão de Ciência e Tecnologia da (CCT) Câmara dos Deputados, foi outro destaque da pauta. A diretoria do CONFIES decidiu convocar as afiliadas para que compareçam à audiência. Para o presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, a burocracia é outro gargalo que vem asfixiando a pesquisa científica nacional, já que 35% do tempo dos cientistas se perdem com serviços burocráticos, como preenchimento de papeis.
Peregrino afirmou que as fundações de apoio sentem os reflexos da crise das universidades, embora sejam instituições de direito privado. “Existe uma pressão muito forte da comunidade universitária para socorrer determinadas atividades, em razão dos cortes de recursos públicos”, disse. “As fundações de apoio são muito sensíveis a essa crise. Mas no meio de uma crise pode-se encontrar um caminho alternativo, temporário que seja, para salvar o grande patrimônio da educação e da pesquisa do Brasil, já que as universidades públicas são responsáveis por 95% das pesquisas realizadas no País, segundo a Academia Brasileira de Ciências (ABC)”, acrescentou.
Busca de fomento
Peregrino explicou como as fundações de apoio podem atrair recursos para as pesquisas, mesmo diante da crise orçamentária e econômica. “Indo em busca de projetos que possam trazer recursos para pesquisas, como investimentos em energia renováveis, e criar fundos patrimoniais (fundos de doações pelo setor privado) para fazer frente ao custo dos projetos e impedir que a atividade de ensino, pesquisa e extensão seja paralisadas totalmente.”
O entendimento é de que os recursos do Tesouro Nacional tendem a encolher cada vez mais diante da falta de dinamismo da economia e, nesse caso, as fundações de apoio tendem a ter mais facilidade para capitalizar recursos do que as universidades.
Peregrino destacou que o total das despesas discricionárias direcionadas às políticas públicas do Brasil (para ciência, tecnologia, saúde e educação) entre 2017 e 2018 era da ordem de R$ 220 bilhões. Para este ano, segundo disse, o montante havia caído para R$ 100 bilhões, inicialmente; e que, mais recentemente, teve um novo corte de 30%. “A situação é muito dramática.”
Fundações de apoio
Há 30 anos, as fundações de apoio às universidades públicas exercem papel considerável à atividade de pesquisa científica, movimentando R$ 5 bilhões por ano, entre recursos públicos e privados, na gestão de 22 mil projetos.
Ontem, a diretoria do CONFIES aprovou a inclusão de mais duas afiliadas, as fundações de apoio FAPUR (Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) e a CETREDE (Fundação de Apoio à Cultura, à Pesquisa e ao Desenvolvimento Institucional, Científico e Tecnológico), do Ceará. Agora são 96 instituições afiliadas ao CONFIES.
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