“A burocracia tem se tornado a inimiga ‘número um’ da ciência, não é mais a falta de recursos”, disse Fernando Peregrino.
O chefe de gabinete da FINEP, Fernando Peregrino falou do compromisso do atual governo com a ciência brasileira – na abertura do 6º Congresso Nacional do CONFIES, em Brasília.
Representando a Finep, Peregrino mencionou o orçamento inédito de R$ 10 bilhões da agência este ano para o desenvolvimento da ciência e tecnologia.
Para ele, o orçamento deixou de ser o vilão da ciência no atual governo. “A burocracia tem se tornado a inimiga ‘número um’ da ciência, não é mais a falta de recursos. É sobretudo a burocracia que consome 35% do tempo do cientista com emaranhado de leis que se chocam uma contra outras e que, no fim, quem perde são a ciência e o cientista”, criticou Peregrino, também presidente Honorário do CONFIES.
Dos R$ 10 bilhões previstos para todo o ano de 2023, segundo Peregrino, já foram aplicados R$ 3,6 bilhões de recursos não reembolsáveis em projetos (de um total de R$ 5 bilhões). Já na modalidade de fomento reembolsável, a FINEP liberou quase R$ 6 bilhões em operações de crédito para empresas (pequenas, médias e grandes) na tentativa de “virar a roda da inovação”.
Aos olhos de Peregrino, o 6º Congresso Nacional do CONFIES se realiza no 1º ano de um governo que abraçou a ciência. “Há pouco tempo a universidade pública enfrentava agruras e o atual governo está dando mostra de que pode alavancar a ciência para um patamar muito elevado”.
Peregrino enalteceu ainda o papel crucial das fundações de apoio para o avanço cientifico e tecnológico do País. “As fundações preenchem o vazio da chamada tríplice hélice: governo, universidade e empresa. Sem a fundação não há projeto”.
Ele finalizou sua participação, no evento, defendendo ainda um assento das fundações de apoio no Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) da Presidência da República, ao lado de outras entidades do setor que já participam do órgão.
(Viviane Monteiro/ Assessoria de Imprensa)