“Se o Congresso não atender ao pleito da ciência, de mudar a PLOA 2020, ajudará a comprometer de vez o futuro do país”, afirma o presidente do CONFIES, Fernando Peregrino

Presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, no gabinete da Liderança do PSD

Entidades da área de ciência e tecnologia entregaram nesta quarta-feira, 02, aos parlamentares um documento (abaixo) em que apontam preocupação com o agravamento da crise da ciência no próximo ano, diante da previsão de novos cortes drásticos de recursos na proposta orçamentária para 2020 (PLOA 2020).

Além de recomendar a reversão da situação do orçamento da ciência, essas instituições apontam saídas para minimizar a crise a partir de aprovação de alguns projetos de lei, em tramitação, da área de CT&I.

A decisão faz parte do novo ato Marcha pela Ciência realizado por instituições que integram à Iniciativa para a CTI no Parlamento (ICTP.br), entre elas o CONFIES – Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica.

A expectativa é de que o Parlamento consiga reverter o agravamento da crise da ciência nacional no próximo ano. “Se o Congresso não atender ao pleito da ciência, de mudar a PLOA 2020, ajudará a comprometer de vez o futuro do país”, afirmou o presidente do CONFIES, Fernando Peregrino, que entregou o documento a deputados e senadores, juntamente com dirigentes de outras instituições.

Participaram do ato 28 Instituições. Além do CONFIES, entidades como SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), ABC (Academia Brasileira de Ciências (ABC) e ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior).

Agravamento da crise

Segundo o documento entregue aos parlamentares, os recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) previstos para investimentos somam R$ 3,5 bilhões (orçamento sem as despesas obrigatórias e a Reserva de Contingência), 32%  abaixo dos previstos na LOA 2019 e que representam praticamente um terço (1/3) do valor de uma década atrás.

Já os recursos para fomento à pesquisa do CNPq foram reduzidos em 88% em relação ao aprovado para 2019. Enquanto o orçamento da Capes aponta corte de 48% sobre a previsto na LOA de 2019, encolhendo de R$ 4,2 bilhões para R$ 2,2 bilhões.  O orçamento da Embrapa para 2020 foi reduzido de 45,5% em relação ao de 2019.

O documento está disponível em Documento da ICTPbr aos Parlamentares – Orçamento para 2020 REVISTO – 02 out 2019

Assessoria de imprensa/CONFIES
Viviane Monteiro  
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Prazo para as inscrições vai até 21 de outubro. Faça já a sua inscrição, não deixe para última hora

As fundações de apoio às universidades federais e institutos de pesquisa já podem se inscrever para 2ª edição do concurso dos melhores conteúdos em vídeos da Rede de Apoio a Inovação do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica – Rede TV CONFIES. Nessa nova edição, o concurso premiará os vídeos temáticos que melhor expressarem ao público um olhar sobre o tema “Inovação na Gestão: O caso das Fundações de Apoio”.

Para se inscrever basta acessar o link DISPONÍVEL AQUI,  em que também estão disponíveis o Regulamento e o Tutorial aos quais os vídeos serão submetidos.

Com até 10 minutos, os vídeos serão de curta duração, segundo o Regulamento. Cada Fundação pode enviar até três vídeos para concorrer ao II Prêmio TV CONFIES de Vídeo.

Prazo

O prazo para as inscrições vai até o 21 de outubro. O ideal é não deixar a inscrição para última hora. A data de entrega dos Prêmios será no dia 8 de novembro, durante a realização do II CONGRESSO do CONFIES, a se realizar na Finatec, fundação de apoio da Universidade de Brasília (UnB).

Objetivo

O II Prêmio TV CONFIES de Vídeo é uma iniciativa da Rede TV CONFIES, um projeto de interesse coletivo das Fundações de apoio coordenado pelo CONFIES que visa, entre outras expectativas, a valorizar o trabalho das Fundações e promover a pesquisa, a educação e a inovação no Brasil.

Fundações de apoio

Com mais de 25 anos de vida, as Fundações de Apoio são elos estratégicos para alavancar recursos públicos e privados para ciência brasileira, área essencial para o desenvolvimento de qualquer nação. As Fundações foram criadas para viabilizar, de maneira ágil e eficiente, a relação entre a academia científica, por intermédio das universidades e dos institutos de pesquisa, e a sociedade, pelas empresas e das organizações sociais, intermediada pela ação integradora do poder público municipal, estadual e nacional.

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Viviane Monteiro
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Com foco na crise da área de educação, ciência e tecnologia, a mobilização foi convocada pelas entidades científicas e acadêmicas que integram a Iniciativa para Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br)

O CONFIES – Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica – participará da Marcha pela Ciência no Congresso Nacional, que se inicia nesta terça-feira, 01 de outubro, e se encerrará na quarta-feira, 02. Com foco na crise da área de educação, ciência e tecnologia, a mobilização foi convocada na semana passada pelas entidades científicas e acadêmicas que integram a Iniciativa para Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br), entre elas o CONFIES.

Além do CONFIES, a Iniciativa é composta pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, (SBPC), Academia Brasileira de Ciências (ABC), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies), Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (Consecti) e Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Municipais de Ciência, Tecnologia.

Abaixo, a programação de atividades para o evento:
DIA 1/10
✔ 17h – reunião das entidades coordenadoras da Iniciativa com o senador Marcelo Castro, presidente da CMO, no Gabinete do Senador. Entrega do documento sobre o Orçamento para CT&I.
DIA 2/10
✔ 8h30 às 10h – recepção das Sociedades científicas e participantes da Marcha para a Ciência no Plenário 13 da Câmara. Organização dos grupos que farão as visitas aos gabinetes dos parlamentares, em especial os da CMO e lideranças partidárias;
✔ 10 h – 15h30 Visitas e conversas com parlamentares. Entrega do documento sobre o Orçamento para CT&I.
✔ 16h – Plenário 12 da Câmara, ato político da Marcha pela Ciência.

(Assessoria de imprensa com informações do Jornal da Ciência)
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Peregrino participou nesta sexta-feira, 17, do V Encontro Norte e Nordeste de Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (ENNFAIES), realizado este ano pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (FUNPEC), no Hotel Holiday Inn, em Natal

Peregrino concede entrevista à CBN de Natal

Em entrevista à Radio CBN de Natal, o presidente do CONFIES, Fernando Peregrino fez uma análise sobre a crise universitária e reforçou que pontos do Future-se violam à autonomia constitucional das instituições federais de ensino (IFES), diante de possíveis contratos de gestão por intermédio de organizações sociais (OSs), previstos no projeto do Ministério da Educação (MEC). O Estado de São Paulo divulgou nesta quinta-feira, 26, que a maioria das universidades federais rejeita o Future-se, diante do temor de possível perda da autonomia acadêmica e financeira, uma vez que os contratos seriam fechados com OSs, o que endossa o posicionamento do CONFIES desde o lançamento do programa.

“Pelo artigo 207 da Constituição Federal de 1988, as universidades federais são autônomas do ponto de vista pedagógico e de gestão financeira. Mas o Future-se trouxe um instrumento extremamente ofensivo a esse dispositivo Constitucional. Não são os reitores (somente) que estão reclamando;  somos todos nós e a Constituição Federal de que o Future-se não tem nesse aspecto sustentação jurídica”, analisou Peregrino, depois de participar nesta sexta-feira, 17, do V Encontro Norte e Nordeste de Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (ENNFAIES), realizado este ano pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (FUNPEC), no Hotel Holiday Inn, em Natal (RN).

Conforme Peregrino, a proposta de colocar uma entidade chamada organização social, conforme consta do artigo 1º do projeto do MEC, para substituir a gestão das atividades universitárias – por uma organização privada externa – põe em risco todo o processo autônomo de uma universidade de pesquisa.

“É uma violência a iniciativa de violar a Constituição e atribuir o poder da universidade a uma entidade que nada tem a ver com o processo de gestão acadêmico científico dela como existe no mundo inteiro.”

Peregrino no estúdio da CBN

Peregrino também falou sobre a burocracia na pesquisa, fator que, segundo disse, trava o desenvolvimento científico e tecnológico do País, além de gerar desperdício bilionário de recursos públicos.

“Hoje um cientista do Brasil gasta em média 35% do tempo com trabalhos burocráticos que nada ajudam no desenvolvimento da ciência, sejam químicos, biólogos, engenheiros. Para se ter uma ideia, hoje o Brasil tem 200 mil pesquisadores sêniores, mas desse total se perdem 70 mil pesquisadores (35%) com trabalhos que nada tem a ver com pesquisa e ciência”, disse. “Um país como o nosso não pode jogar o trabalho desse contingente de pesquisadores fora. Isso é um desperdício de gastos para a população”.

Peregrino discorreu ainda sobre a crise econômica que atingiu “em cheio” o setor da educação do Brasil. Confira a entrevista na íntegra no link: WhatsApp Audio 2019-09-27 at 15.55.30 peregrino

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Embora o projeto tenha sido divulgado há quase três meses, em 17 de julho, os detalhes do Future-se ainda são desconhecidos ao redor do Brasil, segundo Peregrino

Peregrino em debate sobre o Future-se em Curitiba

 Em palestra sobre o Future-se ministrada nesta terça-feira, 24, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba, o presidente do CONFIES, Fernando Peregrino esclareceu, aos participantes do seminário, alguns pontos do polêmico Future-se, programa do Ministério da Educação (MEC), e disse esperar que o projeto seja revisto no Congresso Nacional.  O seminário foi realizado pela Associação dos Docentes da UTFPR, em Curitiba.

Embora o projeto tenha sido divulgado há quase três meses, em 17 de julho, os detalhes do Future-se ainda são desconhecidos ao redor do Brasil, avaliou Peregrino. “A luta no Congresso Nacional deverá ser intensa para esclarecer pontos e ajustar o programa à luz das necessidades das universidades federais do País, por isso serão necessárias propostas alternativas”, afirmou Peregrino aos participantes do evento, entre professores, alunos e especialistas em educação.

Para Peregrino, o ponto mais  grave do Future-se é o que propõe contrato de gestão de universidades com Organizações Sociais (OSs), fator que, segundo ele avalia, poderá acabar definitivamente com a autonomia das instituições federais de ensino (IFES). Conforme Peregrino, esse problema não aconteceria se os contratos das IFES fossem fechados com fundações de apoio com quem têm quase 30 anos de experiência.

Embora a proposta inicial do MEC tenha ignorado as fundações de apoio, o órgão federal já sinalizou que incluiria as fundações no programa. No último censo, realizado em agosto, o próprio MEC reconheceu que essas fundações atendem a mais de 180 instituições de pesquisa distribuídas pelo País, entre universidades estaduais e federais, institutos federais e demais entidades de pesquisa.

Fundações de apoio

As fundações de apoio são elos estratégicos para alavancar recursos públicos e privados para ciência brasileira, área essencial para o desenvolvimento de qualquer nação. Com movimentação de R$ 5 bilhões por ano, as fundações de apoio, regidas pela Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994,  são instituições de direito privado instituídas pelo Código Civil – Lei 10.406/2002, veladas pelos Ministérios Públicos Estaduais e credenciadas pelo MEC e MCTIC. Conforme o último Censo do MEC, as fundações apoiam 183 instituições do País, entre universidades federais e estaduais, institutos federais e demais entidades de pesquisa.

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O Future-se, programa do Ministério da Educação, é uma das pautas do evento que se realizará em meio à forte crise orçamentária das universidades federais

A capital do Rio Grande do Norte sediará nesta sexta, 27, o V Encontro Norte e Nordeste de Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (ENNFAIES), realizado este ano pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (FUNPEC). O evento, a se realizar em Natal, no Hotel Holiday Inn – a partir de 7h30 –, contará com representantes de 15 fundações de oito estados do Brasil e também do presidente do CONFIES, Fernando Peregrino e diretor da Fundação COPPETEC, fundação vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O Future-se, programa do Ministério da Educação, é uma das pautas do evento que se realizará em meio à forte crise orçamentária das universidades federais. Inicialmente, o MEC ignorou o papel das fundações de apoio à atividade de pesquisa, apesar de reconhecer, no último censo, que essas fundações atendem a mais de 180 instituições de pesquisa distribuídas pelo País, entre universidades estaduais e federais, institutos federais e demais entidades de pesquisa.

Representando o segmento, o presidente do CONFIES (Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica), Fernando Peregrino ministrará palestra sobre o tema “Aspectos Legais no Future-se e seus impactos nas Fundações de Apoio”.

Peregrino considera o cenário preocupante para ciência nacional. “Na medida em que as despesas obrigatórias das universidades federais são ameaçadas, o desenvolvimento e futuro do Brasil também passam a ser ameaçados, já que as universidades públicas respondem por 95% das pesquisas científicas conduzidas no Brasil”, disse.

Peregrino reitera preocupação com pontos do Future-se que, segundo avalia, comprometem a autonomia universitária, a partir de contratos previstos com organizações sociais (OSs) que tendem a engolir a gestão das universidades públicas, fator que não aconteceria com contratos com as fundações de apoio à pesquisa no programa.

Ciência local

Para Peregrino, as fundações de apoio exercem papel fundamental na gestão das universidades federais do Nordeste, como no Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e no próprio Rio Grande do Norte. Nesse caso, a troca de experiência entre as fundações no encontro é extremamente importante para fortalecer a atuação do segmento em prol da ciência conduzida pelas universidades públicas.

O diretor geral da FUNPEC, André Laurindo Maitelli, afirma que o evento tem o objetivo de discutir assuntos relacionados à execução administrativa e financeira de projetos geridos pelas fundações de apoio. Maitelli destaca a importância do segmento para as universidades públicas do Nordeste e para a ciência local. “As fundações viabilizam e permitem que recursos públicos e privados sejam aplicados em projetos de ensino e pesquisa específicos para o desenvolvimento da região, em parceria como Petrobras e Ministério da Saúde”, exemplifica Maitelli.

Fundações de apoio

As fundações de apoio são elos estratégicos para alavancar recursos públicos e privados para ciência brasileira, área essencial para o desenvolvimento de qualquer nação. Com movimentação de R$ 5 bilhões por ano, as fundações de apoio, regidas pela Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994, são instituições de direito privado instituídas pelo Código Civil – Lei 10.406/2002, veladas pelos Ministérios Públicos Estaduais e credenciadas pelo MEC e MCTIC. Conforme o último Censo do MEC, as fundações apoiam 183 instituições do País, entre universidades federais e estaduais, institutos federais e demais entidades de pesquisa.

Assessoria de imprensa/CONFIES
Viviane Monteiro
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Assessoria de imprensa da FUNPEC
Antonio Neto 
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Diretoria discute pontos para evento nacional das fundações

Evento terá como tema central “As fundações e a crise do setor de Educação e de Ciência, Tecnologia e Inovação: O que fazer?

Em reunião ordinária nesta quarta-feira, 18, a diretoria do CONFIES decidiu algumas atividades previstas para o II Congresso Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica. Trata-se do maior evento das fundações de apoio à atividade de pesquisa do Brasil, a se realizar na Finatec, fundação de apoio da Universidade de Brasília (UnB) no período de 6 a 8 de novembro de 2019.

O evento terá como tema central “As fundações e a crise do setor de Educação e de Ciência, Tecnologia e Inovação: O que fazer?
Outros pontos decididos pela diretoria do CONFIES, responsável pelo evento, são:
1) Concurso das melhores práticas de gestão entre as fundações. As fundações inscreverão suas soluções que concorrerão a uma Menção e posterior divulgação.
2) Concurso da TV Confies – a 2ª edição do Prêmio TV CONFIES. O tema este ano será sobre o melhor vídeo sobre gestão, cujo tema é “Inovação na gestão: o caso das fundações de apoio”.

Outras atividades aprovadas previstas para o evento são:

Mesas e seus temas:
1. Crise da Ciência e Tecnologia
2. Future-se e as Fundações de Apoio às universidades
3. Fundos Patrimoniais
4. As pequenas fundações: como sobreviverem

Oficinas/ temas
1. Lei de Proteção de dados
2. Lei da Transparência e práticas das fundações
3. Construção de API e fundações: modelos e experiências
4. Fundações de apoio a universidades estaduais
5. O Novo RT3/ANP aprovado
6. Boas práticas de gestão

Ontem a diretoria do CONFIES credenciou nova fundação de apoio, a CAED, vinculada à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF),  em Minas Gerais. Agora, no total, são 97 fundações associadas ao CONFIES.

Fundações de apoio

As Fundações de Apoio são elos estratégicos para alavancar recursos públicos e privados para ciência brasileira, área essencial para o desenvolvimento de qualquer nação. Com movimentação de R$ 5 bilhões por ano, as fundações de apoio, regidas pela Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994,  são instituições de direito privado instituídas pelo Código Civil – Lei 10.406/2002, veladas pelos Ministérios Públicos Estaduais e credenciadas pelo MEC e MCTIC. O segmento gerencia cerca de 22 mil projetos científicos em todo País. A boa governança é fonte constante de preocupação do segmento. Hoje 40% possuem política de compliance (política de boa gestão), segundo o censo de 2017.

Assessoria de imprensa
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Presidente do CONFIES, Fernando Peregrino e a maioria dos reitores defenderam a aprovação da PEC 24/19, em tramitação na Câmara dos Deputados, que libera receitas próprias das universidades

Peregrino debate o Future-se na CE do Senado

Em audiência pública realizada na terça-feira, 17, na Comissão de Educação (CE) do Senado Federal, reitores e ex-reitores de universidades federais expressaram preocupação com pontos do Future-se, programa do Ministério da Educação (MEC), e defenderam a atuação das fundações de apoio à atividade de pesquisa no projeto. O debate reuniu seis reitores, dois ex-reitores e o presidente do CONFIES, Fernando Peregrino. O MEC já sinalizou que incluiria as fundações de apoio no programa.

Os convidados expressaram preocupação com a eventual perda de autonomia das instituições, diante de contratos de gestão com organizações sociais (OSs), previstos no Future-se. Outros pontos preocupantes, segundo os convidados, é a criação do Comitê Gestor, além da complexidade da mudança de 17 leis vigentes.

No debate, mediado pelo presidente da Comissão, o senador Dário Berger (MDB-SC), a reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão Moura defendeu o papel das fundações de apoio e afirmou que falta clareza sobre vários pontos da minuta enviada pelo MEC às universidades.

“O texto propõe a criação de um fundo de natureza privada como alternativa para o financiamento de pesquisa, inovação e internacionalização e também não há clareza sobre como vai funcionar e qual é o papel do Estado nesse fundo”, criticou.

Universidade e empresa

Márcia também considerou redundantes outros pontos do Future-se, como o que sugere a relação entre universidade e empresa para transferência de tecnologia. “Já fazemos tudo o que Future-se propõe, seja pela própria universitária, seja pelas nossas fundações de apoio. Não seria de interesse da UFMG aprovar uma proposta que já fazemos e ainda submeter nossa instituição a contratos com OSs (com risco de comprometer a autonomia)”, destacou.

O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rui Oppermann concordou com o fato de que as organizações sociais tendem a agredir a autonomia das instituições. “Há uma grande relativização, se não a agressão frontal, que ele representa à autonomia universitária, embora se apresente como algo que vai melhorar ou facilitar nossa autonomia”, disse.

No entendimento da reitora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Soraya Smaili, quaisquer mudanças das legislações vigentes precisam ser consideradas “as nossas fundações de apoio que já existem e que estão consolidadas” na gestão da atividade de pesquisa das universidades.

Outros participantes do debate sobre o Future-se

Outra convidada para o debate, a reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Regina Goulart Almeida também defendeu o trabalho das fundações de apoio e expressou preocupação com o risco de perda da autonomia das instituições de ensino. “Não somos contra a transferência de ciência e tecnologia. Pelo contrário, queremos fazer mais, mas há várias restrições (no Future-se), principalmente em relação à autonomia universitária. Para fazer mais e melhor e promover parceria com empresas, precisamos de mais flexibilidade”, reforçou.

Resistência

Já a reitora da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), Wanda Hoffmann analisou os prós e os contras do Future-se e afirmou que o projeto pode trazer vantagens, mas existem riscos que precisam ser considerados, como a ameaça à autonomia universitária por intermédio das OSs. Para Wanda, a resistência à proposta pode ser minimizada a partir de vários ajustes, um deles a inclusão das fundações de apoio, já que, segundo afirmou, a universidade não teve experiência positiva com OSs.

Com posicionamento semelhante, a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho citou a experiência bem sucedida da universidade com a COPPETEC há mais de 40 anos e defendeu veemente a autonomia universitária. Para ela, qualquer mudança negativa que acontecer na pós-graduação haverá impacto considerável na produção científica nacional.

“Não queremos que haja fragmentação entre pesquisa pura e aplicada”, defendeu Denise.

A reitora da UFRJ criticou ainda o contingenciamento do orçamento e afirmou que o corte de recursos deverá comprometer as metas do Plano Nacional da Educação (PNE) para formação de mestres e doutores que, por tabela, trará impactos negativos sobre a oferta de professores para o ensino básico.

CONFIES

O presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (CONFIES), Fernando Peregrino reafirmou que as organizações sociais tendem a cercear a liberdade das universidades federais de ensino superior.

“O ideal seria colocar as fundações de apoio no projeto, porque a organização social é uma ameaça real à autonomia. O contrato de gestão é o gatilho dessa ameaça”, disse Peregrino. Ele alerta ainda sobre o risco do comitê gestor, previsto no programa, de engolir de vez a gestão das instituições de ensino.

PEC da liberação de receitas próprias

Peregrino e a maioria dos reitores defenderam a aprovação da PEC 24/19, em tramitação na Câmara dos Deputados, que libera receitas próprias das universidades. Peregrino analisou o baixo crescimento da atividade econômica e afirmou que a aprovação dessa PEC seria a “salvação da pátria”.

“É um absurdo que as receitas próprias das universidades tenham como destino o superávit primário para os credores da dívida se locupletarem”, criticou.

Para Peregrino, a programação orçamentária para 2020 representa “um desastre” e as expectativas são negativas diante da atual conjuntura. “Estamos vivendo uma crise do atual modelo, movido a forte ajuste fiscal para o pagamento do juro da dívida pública e a desindustrialização. Com crescimento zero, ninguém passará imune dessa crise”, alertou.

O presidente do CONFIES criticou ainda o processo de desindustrialização do País, em meio ao baixo investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), em 1,2% ao ano em média, na contramão de países industrializados. “Estamos a caminho do desastre, somos o País dos bancos. Sem indústria não há inovação”, lamentou.

Na tentativa de reverter tal cenário, Peregrino falou sobre o potencial das fundações de apoio de alavancar recursos para atividade de pesquisa das universidades públicas. Hoje o setor capta R$ 5 bilhões ao ano. Individualmente, a COPEETEC, fundação de apoio da UFRJ, captou mais de R$ 300 milhões em 2018 de empresas como Shell, Vale do Rio Doce e Petrobras para projetos de pesquisa científica, segundo Peregrino.

Dessa forma, ele destacou pontos positivos do Future-se que podem ser aproveitados para aumentar ainda mais recursos para atividade de pesquisa, como a queda do veto para implementação de incentivos fiscais aos fundos patrimoniais das universidades.   

Posição de parlamentares         

O senador Augusto Anastasia (PSDB-MG) disse ser entusiasta do modelo das fundações de apoio e afirmou que, quando o projeto Future-se chegar ao Senado, “vamos nos debruçar para aperfeiçoar a proposta”. Já o senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que o programa comprometendo a autonomia universitária não terá o seu apoio.

(Assessoria de imprensa)
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Objetivo do encontro é promover trocas de experiências e o compartilhamento de soluções nas áreas de atuação das Fundações

A Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (FUNPEC) realizará em 27 de setembro o V Encontro Norte e Nordeste de Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (ENNFAIES). O evento, a se realizar no Hotel Holiday Inn – a partir de 7h30 –, contará com representantes das fundações de vários estados do Brasil e também do presidente do CONFIES, Fernando Peregrino e diretor da Fundação COPPETEC, fundação vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O objetivo do encontro é promover trocas de experiências e o compartilhamento de soluções nas áreas de atuação das Fundações, entre outros pontos. Para participar do V ENNFAIES, basta se inscrever na página do evento.

Confira ainda a programação e outras informações na página do V ENNFAIES.

Assessoria de imprensa
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Debate será ás 14 horas na Comissão da Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, no Anexo II, Ala Senador Alexandre Costa, Plenário nº 15. 

O presidente do CONFIES, Fernando Peregrino participará em 17 de setembro da audiência pública sobre o projeto Future-se do Ministério da Educação (MEC), programa que prevê a reestruturação do financiamento e gestão do ensino superior, na Comissão da Educação, Cultura e Esporte. O convite foi feito pelo presidente da Comissão, o senador Dário Berger (PSB-PB).

Também foram convidados as reitoras da UnB (Universidade de Brasília), Marcia Abrahão Moura, a da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Sandra Regina Goulart Almeida, a da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), Margareth Formiga Melo Diniz, e a da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Soraya Smaili.

A lista de convidados inclui ainda os reitores da UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia), Marcel do Nascimento Botelho, e da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Rui Oppermann, além do ex-reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Thompson Mariz.

Objetivo

O objetivo do encontro é debater o programa ‘Future-se’ do MEC, sobre novas formas de financiamento das universidades federais, em especial o incentivo à participação de recursos privados como parte das receitas disponíveis às instituições, e também como debater as suas consequências, como eventuais paralisações e contingenciamento de recursos.

Posição do CONFIES

Crítico ao programa desde o início, o presidente do CONFIES, Peregrino  questiona, por exemplo, a proposta do MEC que compromete a autonomia universitária por intermédio de contratos de gestão com OS (organizações socais). Embora o MEC já tenha sinalizado que incluiria as fundações de apoio no projeto, inicialmente a proposta do órgão não contemplou as fundações de apoio que realizarem, há anos, praticamente quase todas os desejos vislumbrados pelo programa Future-se.

Conforme entende Peregrino, para serem instituídas, pela Lei 9.637/98, as OSs devem assinar um contrato de gestão com metas que devem ser cumpridas ano a ano sob pena de não receber os recursos de contrapartidas e penalização dos gestores. “E aí reside o problema que considero básico do modelo do MEC. Pois, sendo assim, o MEC terá às mãos o poder externo de intervir nos rumos acadêmicos da universidade, violando o princípio básico de autonomia universitária”, explica. Segundo ele, o Comitê Gestor da OS poderia, por exemplo, mandar fechar um curso em nome de algum critério de performance, porque não atingiu um índice arbitrado de relação professor/ aluno.

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Sobre o Confies

O CONFIES – Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica – é uma associação civil com personalidade jurídica de direito privado sem fins lucrativos que agrega e representa centenas de fundações afiliadas em todo o território nacional.

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